Um ex-funcionário da OceanGate Expeditions, a empresa que enviou o agora desaparecido submarino para ver os destroços do Titanic, mostrou grandes preocupações com a embarcação em um relatório de inspeção de qualidade, mas foi recebido com “hostilidade e negação” da empresa e demitido, de acordo com suas alegações de um processo movido contra a empresa em 2018.
David Lochridge, um piloto de submarino escocês, começou a trabalhar para a OceanGate no estado de Washington em 2015, primeiro como contratado e depois como diretor de operações marítimas.
Conheça oito aeroportos nada convencionais pelo mundo
De acordo com a alegação, a empresa realizou uma reunião em janeiro de 2018 sobre preocupações com o controle de qualidade e segurança do submarino Titan, a embarcação de 22 pés que agora está desaparecida no Oceano Atlântico depois de mergulhar na manhã de domingo (18) com cinco pessoas a bordo.
Lochridge alegou grandes problemas de segurança: quase não houve testes não tripulados da nave; o sistema de alarme soaria apenas “milissegundos” antes de uma implosão; e a vigia só foi certificada para suportar pressão de 1.300 metros, embora a OceanGate planejasse levar o submersível a 4.000 metros de profundidade.
Leia também:
Hamish Harding: o que sabemos sobre o super-rico a bordo do submarino desaparecido
Expedições, museus, filmes: por que o Titanic ainda desperta tanto fascínio?
Durante a inspeção, Lochridge alegou que “foi recebido com hostilidade e negação de acesso à documentação necessária que deveria estar disponível gratuitamente” e logo recebeu “aproximadamente dez minutos para limpar imediatamente sua mesa e sair do local”.
De acordo com o New York Times, OceanGate disse que parecia que Lochridge estava tentando ser demitido e ele havia recusado alguns dados da empresa quando estava conduzindo sua pesquisa (o processo foi encerrado posteriormente).
Situação do submarino
À medida que a busca pelo submarino turístico desaparecido entra em seu quarto dia, a embarcação já está desaparecida há 96 horas, um prazo que os especialistas deram desde o início, dizendo que é quando eles provavelmente estariam sem oxigênio – embora alguns acreditem que isso não seja exato.
Ainda assim, a missão de resgate, que está sendo liderada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos com a ajuda da OceanGate Expeditions, da Guarda Costeira do Canadá, de um navio de investigação francês, de um navio polivalente norueguês e da Marinha dos Estados Unidos, entre outros, continua sem previsão de acabar.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
O post Funcionário alertou sobre problemas com submarino em 2018 – e foi demitido apareceu primeiro em Forbes Brasil.