Simple&Co, gestora de restaurantes virtuais, adquire principal concorrente

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Delivery de alimentos: crescimento durante a pandemia

Os ingredientes são bem conhecidos, big data e algoritmos. E a receita é simples na teoria, mas de execução difícil: usando informação e tecnologia, atender clientes famintos por uma boa refeição, mas sem apetite para sair de casa e enfrentar o trânsito na rua e a fila no restaurante. Essa é a fórmula da Simple&Co, uma “foodtech” fundada em 2020 que avançou no conceito de “dark kitchen” (cozinhas que servem apenas refeições via delivery).

Para além de apenas usar esses recursos terceirizados, a Simple&Co aproveita a capacidade já instalada de restaurantes existentes para desenvolver marcas virtuais. “Por exemplo, detectamos que a demanda por comida japonesa ou árabe em uma determinada região de São Paulo era maior que a oferta, mas havia outros restaurantes do bairro com capacidade ociosa”, diz Alan Pedroso, um dos fundadores da empresa. “Assim, criamos marcas para aproveitar essa ociosidade.”

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Essa estratégia, conhecida pela sigla em inglês DNVB (Digitally Native Vertical Brand), ou marcas nativas digitais, permitiu à Simple&Co faturar R$ 5,5 milhões em 2022. A projeção para 2023 é R$ 14 milhões, número que deve se acelerar com a aquisição da concorrente Clouki, que atua no mesmo setor. “Com o ritmo de expansão planejado e a maturação das lojas, a meta é chegar a um faturamento de R$ 200 milhões na rede em 2025”, afirma André Piva, outro dos fundadores.

Após a aquisição, a empresa tem 14 marcas, cerca de 100 lojas virtuais e presença em 13 estados. A meta é chegar a 500 lojas em um ano. Para financiar a expansão, em setembro de 2022 a startup captou R$ 3,5 milhões em um equity crowdfunding realizado com cerca de 360 investidores por meio da plataforma Captable.

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