No último ano, houve um aumento de 33% na procura por vistos que possibilitam o trabalho remunerado no exterior (tipo EB2) por brasileiros. Esse dado é de um levantamento da consultoria de imigração D4U Immigration, que destaca a maior busca desses vistos por profissionais com maior escolaridade e melhor remuneração. “Os brasileiros têm demonstrado um desejo de serem mais reconhecidos profissionalmente e financeiramente valorizados”, diz Wagner Pontes, fundador da D4U Immigration. Diante desse cenário, a Forbes Brasil levantou oito profissões que recebem salário maior no exterior do que no Brasil – e que os brasileiros mais atuam lá fora.
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Essas oito ocupações foram escolhidas com base naquelas que tiveram o maior número de matrículas segundo o último Censo da Educação Superior, de 2021. Confira os salários de cada uma fora do país e o que é preciso para exercê-las no exterior.
Profissões que brasileiros mais desempenham no exterior:
Fique atento à necessidade de revalidação de diploma da sua profissão
Em Portugal, desde agosto de 2002 os brasileiros podem pedir o visto de trabalho diretamente do Brasil. Esse visto permite que profissionais entrem e residam em busca de emprego no país por 120 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 60 dias. Se conseguirem ser contratados por uma empresa portuguesa, os imigrantes precisarão apresentar o vínculo trabalhista e outros documentos exigidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que emitirá a Autorização de Residência com validade de 2 anos.
Os cursos que requerem validação de diploma no país são principalmente aquelas da área da saúde. Além disso, para trabalhar como advogado, arquiteto ou engenheiro por lá, é necessário se inscrever na ordem profissional correspondente e obter a aprovação de uma comissão. Para revalidar o diploma, o imigrante deve procurar uma universidade pública portuguesa na área em questão.
Já na Alemanha, para solicitar o visto de trabalho é necessário atender a três dos quatro requisitos: ter diploma universitário, conhecimento do idioma alemão ou ter vivido no país, ter pelo menos três anos de experiência profissional e ter menos de 35 anos de idade. Não é obrigatório ter uma oferta de emprego para ingressar no país, mas os requerentes devem comprovar que têm meios para se sustentar durante a procura por emprego. Deve-se acessar o site da Anabin, a entidade alemã responsável pela avaliação de documentos educacionais estrangeiros, para saber se seu campo de atuação precisa, ou não, de revalidação de diploma.
Apesar do EB2-NIW, visto de trabalho dos Estados Unidos, não requerer uma oferta de emprego para o profissional entrar no país, várias profissões pedem revalidação do diploma. Ocupações como psicólogo, arquiteto e advogado requerem a realização de cursos específicos no país e a posterior inscrição do interessado nas ordens profissionais de cada uma. Já em profissões como engenheiro e professor, depende de cada vaga ter como requisito a certificação ou inscrição do candidato na entidade da profissão. Para ser médico é ainda mais difícil: o médico brasileiro deve fazer uma prova de conhecimentos em medicina e em inglês para, depois, se inscrever em um programa de residência – independente do nível de experiência profissional anterior.
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