O Banco Central Europeu elevou os custos de empréstimos para o nível mais alto em 22 anos nesta quinta-feira (15) e deixou a porta aberta para mais aumentos, ampliando sua luta contra a inflação elevada mesmo quando a economia da zona do euro enfraquece.
O BCE elevou sua principal taxa de juros – aquela que os bancos pagam para deixar dinheiro com segurança no banco central – pela oitava vez consecutiva, em 25 pontos-base, para 3,5%, o nível mais alto desde 2001.
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O banco central dos 20 países que compartilham o euro também disse que espera que a inflação fique acima de sua meta de 2% até 2025 e sugeriu de novo mais altas nos próximos meses.
“Decisões futuras garantirão que as principais taxas de juros do BCE sejam levadas a níveis suficientemente restritivos para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2% e serão mantidas nesses níveis pelo tempo que for necessário”, disse o BCE.
O crescimento na zona do euro está, na melhor das hipóteses, estagnado e a inflação está moderada há meses, graças aos preços mais baixos da energia e ao aumento mais acentuado das taxas de juros nos 25 anos de história do BCE.
Na quarta-feira, o Federal Reserve interrompeu uma série de 10 aumentos sucessivos de juros – um sinal poderoso para investidores de todo o mundo de que o atual ciclo de aperto nas economias desenvolvidas está chegando ao fim, mesmo que mais algumas altas de juros nos EUA ainda sejam possíveis.
Mas a inflação na zona do euro em 6,1% ainda é inaceitavelmente alta para o BCE e o aumento dos preços subjacentes, que normalmente exclui alimentos e energia, está apenas começando a desacelerar.
“Os funcionários revisaram para cima suas projeções de inflação excluindo energia e alimentos, especialmente para este ano e no próximo, devido a surpresas de alta no passado e às implicações do mercado de trabalho robusto para a velocidade da desinflação”, disse o BCE.
Isso deve manter o BCE no caminho do aperto, principalmente depois que ele falhou em prever o atual surto de inflação e começou a aumentar as taxas mais tarde do que muitos pares globais no ano passado.
O BCE elevou as projeções de inflação para este ano, para o próximo e para 2025, quando ainda deve ficar acima da meta do banco central, em 2,2%.
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