O tribunal federal da Califórnia, emitiu, na última terça-feira (13), uma ordem de restrição temporária impedindo a Microsoft de concretizar a compra da fabricante de jogos de videogames Activision Blizzard, que custará quase US$ 70 bilhões à empresa de tecnologia norte-americana.

A medida tomada pelo tribunal foi baseada na premissa de que o negócio pode suprimir a concorrência no mercado de videogames. Desta forma, uma audiência sobre o caso foi marcada para 22 e 23 de junho.

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Segundo o acordo original assinado entre a Microsoft e a Activision em janeiro de 2022, o prazo para as empresas concluírem o negócio é 18 de julho. A Microsoft terá que pagar uma taxa de rescisão de US$ 3 bilhões à fabricante de jogos se o acordo não for concluído.

Desta forma, em seu processo, a FTC expressou preocupação de que a Microsoft e a Activision possam tentar “consumar” o acordo antes que seu tribunal interno emita uma decisão sobre um processo antitruste movido contra o negócio pela agência.

A negociação envolve diversos outros interessados, como os reguladores antitruste da União Europeia, que aprovaram o negócio depois que a Microsoft concordou em abordar suas preocupações relacionadas à concorrência. O órgão da UE disse que a Microsoft concordou com as soluções propostas, que incluem o compromisso de licenciar os jogos da Activision Blizzard para outros provedores de serviços de jogos em nuvem por pelo menos 10 anos.

O acordo, no entanto, foi bloqueado pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido em abril, devido a preocupações de que poderia sufocar o nascente mercado de jogos em nuvem. A Microsoft recorreu desta decisão.

Cenário

A Microsoft anunciou seu plano de adquirir a Activision Blizzard por quase US$ 70 bilhões em janeiro de 2022, tornando-se o maior negócio da história da indústria de jogos.

Em um esforço para atender às preocupações dos jogadores, o chefe do Xbox, Phil Spencer, disse que a Microsoft não tem planos imediatos de tornar a popular franquia Call of Duty da Activision exclusiva para sua plataforma Xbox e prometeu disponibilizar o jogo também nos consoles Playstation da rival Sony.

Desde então, a Microsoft assinou acordos com vários provedores de jogos em nuvem e com a fabricante de consoles Nintendo para disponibilizar o popular jogo de tiro militar e outros títulos na plataforma. Apesar disso, o acordo enfrentou oposição da Sony, fabricante do PlayStation, que expressou preocupação com a possibilidade de a Microsoft oferecer uma versão degradada dos jogos da Activision em plataformas rivais.

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