O dispositivo intrauterino, conhecido também como DIU, vem despertando cada vez mais o interesse de mulheres nos últimos anos. Só entre 2017 e 2022, as buscas por informações ligadas a esse método contraceptivo no Google aumentaram em 105%, segundo dados do Google Trends. Impressionante, não é mesmo?
Com opções hormonais (Mirena e Kyleena) e não hormonais (feitos de cobre ou cobre com prata), além de uma eficiência superior a 99%, este é um procedimento que pode acontecer com ou sem anestesia local. Além disso, há casos onde o procedimento pode ser feito com sedação, para evitar desconfortos durante a inserção.
“Algumas pacientes têm um limiar de dor mais baixo. Essas pacientes são elegíveis para que se realize a inserção do DIU em centro cirúrgico, com sedação. Essa também é a recomendação para meninas e mulheres que ainda não tiveram a primeira relação sexual, mas desejam o colocar o DIU”, afirma Vinicius Guadagnin, ginecologista, obstetra e sexólogo do Eco Medical Center. Ele ainda ressalta que o procedimento é seguro, rápido e não tem restrição mínima ou máxima de idade.
Vantagens do DIU
Dr. Vinicius explica que o DIU possui diversas vantagens, o que têm sido o principal motivo para o aumento de sua busca. “As pacientes têm procurado cada vez mais um método contraceptivo de longa duração, que traga segurança, conforto e um impacto hormonal menor. Por isso elas têm escolhido o DIU. Independente do fato de ser o DIU de cobre ou o hormonal, esse é um dos métodos mais eficazes para evitar uma gravidez, e apresenta diversos benefícios em relação às pílulas anticoncepcionais”, afirma.
Isso porque, no caso das pílulas, é preciso lembrar de tomá-las diariamente e no horário certo, para que elas funcionem como um método contraceptivo seguro. Já o DIU não causa esse tipo de preocupação, traz menos interferência para o metabolismo e é mais eficaz. “O DIU é muito superior à pílula quando falamos em qualidade contraceptiva, até porque ele protege muito mais, de acordo com os estudos. Ele tem duração de 5 anos e pode ser retirado a qualquer momento. Além disso, ele interfere menos no metabolismo e na produção de hormônios sexuais femininos”, explica o especialista.
Vale lembrar que, apesar de todas essas vantagens, o DIU, assim como os outros métodos contraceptivos que não sejam a camisinha, não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Então mesmo que você escolha esse tipo de método contraceptivo, é importante manter o uso regular de preservativo.
Contraindicações do DIU
Mesmo sendo uma boa opção de método contraceptivo para várias mulheres, é importante avaliar caso a caso. Mulheres que apresentam anormalidades anatômicas que podem distorcer a cavidade uterina, infecções pélvicas atuais, sangramento vaginal inexplicado, gestação ou câncer de colo de útero, ou de endométrio, por exemplo, não têm indicação médica para usá-lo. Nesse sentido, é importante avaliar junto a um profissional outro método contraceptivo adequado.