Ibovespa cai 0,64% após sete altas seguidas; segue otimismo com juro nos EUA

Nesta terça-feira (13), o Ibovespa caiu 0,64% e fechou a 116.742,71 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 18,8 bilhões. Os investidores realizaram os lucros das sete altas seguidas. No entanto, para especialistas, o cenário internacional segue favorável. Os dados de desaceleração da inflação dos Estados Unidos, divulgados na manhã desta terça-feira (13), reforçaram as expectativas de uma pausa no ciclo de aperto monetário na reunião do Federal Reserve que vai se encerrar na quarta-feira (14). Além disso, os investidores da Ásia e da Europa se animaram com medidas para estimular a economia anunciadas pelo governo da China nesta madrugada.

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Destaques do dia

Liderando as quedas, as ações da CVC (CVCB3) e da Lojas Renner (LREN3) caíram, respectivamente, 7,35% a R$ 4,16 e 5,35% a R$ 21,60. Os papéis da Lojas Renner recuaram depois que analistas do Citi cortaram a recomendação das ações da varejista para “neutra”, de “compra” anteriormente, enquanto reiteraram recomendação “neutra” para os papéis da C&A.

Na ponta positiva, a Petrorio (PRIO3) e a Embraer (EMBR3) subiram 3,65% a R$ 34,35 e 1,98% a R$ 20,06. As ações da Embraer foram impulsionadas depois que analistas do JPMorgan, que já deram “overweight” para os papéis, recomendaram adicionar posições na fabricante de aviões, afirmando que esperam um fluxo positivo de notícias sobre novos pedidos, especialmente na aviação comercial.

No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram depois que os dados do Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiram de forma modesta em maio, consolidando as apostas de que o Federal Reserve (Fed) possa deixar os juros inalterados ao final de sua reunião de política monetária na quarta-feira (14).

Fabio Louzada, economista da Escola de Investimentos: “o índice veio melhor do que o esperado, trazendo dados de inflação que agradaram o mercado, apesar de o núcleo ainda se mostrar resiliente. Amanhã temos a reunião do Fed, e acredito em uma manutenção da taxa de juros, porém com o Fed indicando que acompanhará de perto os próximos dados a serem divulgados, deixando clara a possibilidade de novas elevações de juros, se necessário”.

Na Europa, os mercados acionários subiram com os dados moderados da inflação nos EUA, enquanto as mineradoras se recuperaram com o salto dos preços dos metais depois que a China cortou os juros. O Banco Central Europeu (BCE) realizará sua reunião de política monetária na quinta-feira (15), na qual espera-se que eleve os juros em mais 25 pontos-base para conter a inflação.

Na Ásia, as ações da China subiram após o Banco Central Chines reduzir a taxa de empréstimo de curto prazo pela primeira vez em 10 meses, restaurando a confiança do mercado e para sustentar a recuperação pós-pandemia na segunda maior economia do mundo. O corte sinaliza uma possível redução das taxas de longo prazo na próxima semana.

(Com Reuters)

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