A pegada de carbono no nosso alimento é um tema cada vez mais pesquisado no mundo. As pessoas querem saber qual é o real impacto para o planeta do seu prato de comida, desde a produção até o consumo.
Nesse sentido, uma pesquisa recente da Universidade de Califórnia, em Davis, constatou que carne de laboratório não é uma solução totalmente amigável ao aquecimento global, já que uma ampla variedade de resultados, quando comparados com a carne bovina convencional, com técnicas que podem chegar a serem 26% mais poluidoras. Especialmente, pelos seus métodos de produção.
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Portanto, o sistema que busca dar um salto de fármaco para alimento ainda tem um desafio significativo. Os autores dizem que é possível que possam reduzir seu impacto ambiental no futuro. Mas isso demandará um avanço técnico significativo, para aumentar, simultaneamente, o desempenho e diminuir o custo por meio da cultura de células.
Milhões de dólares são investidos, sem falar em riscos ainda desconhecidos para a saúde. Me questiono se o consumidor ético, que tem na decisão de sua escolha por esse alimento as questões do bem estar animal e de menor impacto ambiental, por que então não incentivarmos a difusão de boas práticas já existentes e conhecidas? Seria mais rápido, efetivo e seguro.
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Entre os exemplos que respondem ao consumidor está a pecuária regenerativa, a integração lavoura pecuária e as práticas de bem-estar animal. Grandes empresas, preocupadas com o futuro do planeta, contam com áreas de pesquisa e incentivo financeiro para buscar soluções para o planeta. E o papel dos seus líderes, em decidir quais segmentos receberam maior investimento. Peço, atenção, senso crítico, pois o simples e básico pode trazer mais benefícios efetivos para o futuro do nosso planeta.
* Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) em 2017/2018.
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