O Google deu início, na segunda-feira, 5, à nova fase de testes da extinção de senhas em alguns de seus serviços. As duas plataformas escolhidas para iniciar as experimentações foram o Google Workspace e Google Cloud. A empresa vai enviar aos usuários uma nova atualização que troca as senhas por chaves de acesso. O Google estima que as 9 milhões de contas cadastradas utilizarão a nova ferramenta que já está em fase de testes.
De acordo com Marcelo Queiroz, Head de Estratégia e Novos Negócios da ClearSale, plataforma especializada em prevenção e detecção de fraudes, as implementações de chaves de acesso para essas plataformas, em especial as big techs, como Google e Meta, representam uma facilitação em uso de modelos user friendly.
“Porém, ainda estão trabalhando em contexto de implementação onde os dados continuam gravados em suas plataformas. O grande ponto de destaque é o risco de vazamento de dados que contínua existindo, e quando a gente fala da questão de segurança, porque, apesar de ser feito tudo com um clique, os dados foram inseridos em algum momento e ficam em posse das plataformas, mas pensando em usabilidade, sem dúvidas, traz uma experiência maior ao usuário.”
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“Vejo isso como uma forte tendência, principalmente quando a gente olha para movimentos que estão chegando como a Identidade Digital Descentralizada e o Real Digital, por exemplo. O Google, como outras plataformas, está trabalhando a questão das utilizações de autenticação com um único clique reaproveitando cadastros que ele já possui em sua base. Que podemos chamar de passwordless, onde credenciais são geradas e gravadas, conhecido como blockchain, e a partir desses modelos, onde os dados ficam gravados de forma descentralizada dessas redes, nós temos a disponibilização de dados para posse em wallet, pertencendo aos próprios clientes. Eu vejo isso como o futuro por conta de uma segurança mais robusta, e além de ser mais robusto, ele traz escalabilidade em modelo de segurança.”
Levantamento do C6 Bank mostra que o Brasil é alvo fácil de ataques baseados em senhas fracas. Além disso, o estudo constatou que 21% dos entrevistados anotam senhas em arquivos e 25% compartilham com familiares, aumentando a vulnerabilidade de suas contas.
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