Dia agitado para os bilionários: Arnault e Musk se revezam na liderança

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Fortuna de Bernard Arnault, presidente da LVMH e que segue como o mais rico do mundo, inclui também vinhos e bebidas

A quarta-feira (7) foi um dia de fortes emoções para os bilionários. A oscilação das ações da Tesla, montadora de veículos fundada por Elon Musk, fez com que ele ocupasse por algumas horas o posto de pessoa mais rica do mundo. Na manhã da quarta-feira, o patrimônio de Musk chegou a US$ 215,9 bilhões. Isso o colocou US$ 700 milhões à frente do segundo colocado, o magnata francês de artigos de luxo Bernard Arnault, CEO e presidente da LVMH.

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No entanto, no fim do dia, as cotações da Tesla recuaram e Musk retornou ao segundo lugar. No fechamento dos negócios na Bolsa de Nova York, o patrimônio de Arnault era de US$ 214,3 bilhões, US$ 700 milhões acima dos US$ 213,6 bilhões de Musk. No entanto, ao longo do dia, a fortuna do sul-africano cresceu US$ 2,1 bilhões, ao passo que o patrimônio de Arnault aumento “apenas” US$ 52 milhões.

Twitter e Tesla

Musk liderou a lista durante 2022. No entanto, sua compra do Twitter em outubro do ano passado, por US$ 44 bilhões, drenou boa parte de seus recursos. Como ele fechou o capital do Twitter após a aquisição, ficou difícil avaliar essa parte de seu patrimônio. Com isso, sua classificação no ranking dos bilionários recuou e Musk caiu para em segundo lugar no fim de 2022, permanecendo nessa posição durante quase toda a primeira metade de 2023.

Porém, a queda em seu patrimônio provocada pelo Twitter foi compensada recentemente pela valorização das ações da Tesla. Um aumento impressionante de 110% nas cotações da montadora levou Musk de volta para o primeiro lugar. Ele possui 23% do capital da montadora, cujo valor de mercado na quarta-feira era de US$ 711 bilhões – mais que o valor somado das dez maiores montadoras do mundo. Desde o início do ano, a valorização das ações da Tesla acrescentou quase US$ 70 bilhões à fortuna de Musk desde o início de janeiro.

Musk terminou recentemente uma curta visita à China – a primeira ao país desde antes da pandemia de Covid-19 – e se reuniu com funcionários de alto escalão do governo, incluindo o ministro das Relações Exteriores e o ministro da Indústria e Tecnologia da Informação. Isso representou um momento de alívio para o mercado, pois assegura que não haverá restrições à expansão da Tesla no mercado chinês, considerado o mais promissor para a montadora.

No fim de janeiro, a Tesla divulgou seu melhor lucro trimestral de todos os tempos, com US$ 3,7 bilhões de lucro no quarto trimestre de 2022. O resultado encolheu para US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023. A Tesla vem cortando o preço de alguns de seus veículos, presumivelmente para atender à visão de Musk de tornar seus carros mais acessíveis.

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“Ter boas relações em Pequim é algo que Wall Street valoriza muito para garantir que não haja interrupções na expansão da Tesla na China nos próximos anos, já que este continua sendo o mercado número 1 de veículos elétricos”, escreveu Dan Ives, analista da Wedbush.

LVMH

Enquanto as ações da Tesla estão em alta, as cotações da LVMH de Arnault moveram-se na direção oposta. No fim de abril, o conglomerado de bens de luxo – cujas marcas incluem Bulgari, Givenchy, Sephora e Tiffany & Co. – tornou-se a primeira empresa europeia a atingir uma capitalização de mercado de US$ 500 bilhões. No entanto, as ações caíram cerca de 7% em maio, eliminando mais de US$ 20 bilhões da fortuna de Arnault.

No ano passado, o setor tornou-se para o mercado de ações europeu o que as gigantes de tecnologia são para Wall Street: uma coleção de empresas dominantes cujo crescimento se manteve mesmo com os altos e baixos da economia. Porém, na terça-feira (6), além da baixa da LVMH, as ações da Hermes caíram 5,5%, e a controladora da Gucci, a Kering, viu as cotações caírem 2%.

O mercado reagiu às notícias de desaceleração da economia chinesa. Na madrugada da quarta-feira, a China informou uma queda de 7,5% em suas exportações em maio na comparação com o mesmo mês de 2022. A projeção dos especialistas era de uma queda de apenas 0,4%. O resultado muito pior do que o esperado mostrou que a economia chinesa está muito mais desacelerada do que o previsto, o que afetou as projeções para o faturamento das marcas de luxo. Mesmo assim, Arnault conseguiu se manter à frente na listagem dos bilionários.

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