O Ibovespa inicia esta terça-feira (30) com leve alta, próximo à votação do teto de dívida dos Estados Unidos. Investidores locais acompanham dados econômicos indicando deflação com expectativa de corte de taxa de juros no segundo semestre.
Por volta das 10h20, o índice tinha alta de 0,34% aos 110.713,54 pontos. Por sua vez, o dólar subia 0,42%, negociado a R$ 5,033.
Um acordo bipartidário para elevar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões dos EUA enfrenta seu primeiro teste no Congresso nesta terça-feira, estabelecendo o que pode ser uma semana tensa de votação antes que os norte-americanos fiquem sem dinheiro para pagar as contas.
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O Comitê de Regras da Câmara dos Deputados deve considerar o projeto de lei de 99 páginas às 15h (16h de Brasília) de terça-feira, antes das votações na Câmara dos Deputados na quarta-feira (31) controlada pelos republicanos e no Senado controlado pelos democratas.
O presidente democrata Joe Biden e o principal republicano no Congresso, o presidente da Câmara Kevin McCarthy, preveem que obterão votos suficientes para aprová-lo antes de segunda-feira (2), quando o Departamento do Tesouro dos EUA diz que não terá dinheiro suficiente para cobrir suas obrigações.
Mercados dos Estados Unidos sinalizam otimismo com a aprovação do acordo do teto da dívida amanhã no Congresso.
Mercado nacional
No Brasil, além de acompanharem a tramitação do acordo dos norte-americanos, os investidores também estão repercutindo os dados do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas),que registrou deflação (queda de preços) de 1,84% em maio deste ano. A queda é mais acentuada do que a observada em abril, quando apresentou deflação de 0,95%. Na comparação com maio de 2022, houve inflação (alta de preços) de 0,52%.
Com o resultado, o IGP-M acumula queda de preço de 2,58% desde o início do ano. Em 12 meses, a deflação acumulada chega a 4,47%. Em maio do ano passado, o índice acumulava inflação de 10,72% em 12 meses.
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Biden e McCarthy parecem perto de acordo sobre teto da dívida dos EUA
Por sua vez, a deflação dos preços ao produtor no Brasil perdeu força em abril, mas ainda assim a taxa em 12 meses registrou a maior queda da série histórica, informou o IBGE nesta terça-feira.
O IPP (Índice de Preços ao Produtor) caiu 0,35% em abril, depois de queda de 0,65% em março, marcando a terceira taxa mensal negativa seguida. Isso levou o índice acumulado em 12 meses a uma deflação de 4,63%, a maior queda da série histórica para esse indicador.
Já a confiança do setor de serviços no Brasil teve variação positiva de 0,5 ponto em maio, para 92,9 pontos, permanecendo no maior nível desde novembro do ano passado, mas indicando desaceleração do ritmo de ganhos.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV Ibre subiu pelo terceiro mês seguido, embora o ritmo de avanço tenha perdido fôlego em relação às leituras anteriores.
“Apesar da alta da confiança no setor de serviços, o índice vem desacelerando nos últimos dois meses… Houve piora da percepção sobre a situação atual e pequena oscilação na demanda”, explicou Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
Confira o comportamento dos principais índices internacionais:
EUA:
Dow Jones: +1%
S&P 500: +1,30%
Nasdaq: +2,19%
Europa:
DAX (Frankfurt): +0,39%
FTSE100 (Londres): -0,60%
CAC 40 (Paris): -0,52%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): +0,30%
Xangai (China): +0,09%
Kospi (Coreia): +1,04%
Destaque para Europa que também reflete o Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês), que recuou 2,5 pontos na zona do euro em maio, para 96,5 pontos. Na União Europeia como um todo, o índice retrocedeu 1,9 ponto, para 95,2 pontos
(Com Reuters)
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