5 provas de que o metaverso não morreu, pelo menos como foi imaginado

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Para Rafael Esper, diretor criativo da GPJ Brasil, unidade brasileira da George P. Johnson, o metaverso, como conceito ou através de tecnologias derivadas, segue vivo

Nas últimas semanas, vários artigos, dentre eles um que foi publicado na Business Insider, deram conta de que o conceito metaverso teria “morrido”. As afirmações ocorrem após a euforia diante do tema em 2021 e 2022 e o total desprezo pelo assunto em 2023, pelo menos entre a maioria do público. No entanto, do ponto de vista de negócios, as tecnologias relacionadas ao metaverso seguem presentes e compõem uma indústria relevante.

Só em 2022, por exemplo, as vendas de tokens não fungíveis (NFTs) chegaram aos R$ 129 bilhões, segundo dados do Dapp Radar. No entanto, o consenso quase geral é de que o mundo – e especialmente o Brasil – ainda está engatinhando nesta nova realidade que promete substituir tudo o que é físico pelo digital. Outras tecnologias como VR, AR e até mesmo a própria inteligência artificial, que segue em alta por causa do ChatGPT, prometem movimentar bilhões e também compõem os conceitos que fazem parte do metaverso.

Para Rafael Esper, diretor criativo da GPJ Brasil, unidade brasileira da agência George P. Johnson, separou cinco argumentos que mostram que o metaverso, como conceito ou através de tecnologias derivadas, segue vivo.

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O metaverso já está entre nós – e há algum tempo

“De acordo com muitos, o metaverso seria uma espécie de ‘ponto de chegada’, um ‘lugar’ ou ainda ‘um produto’ idealizado por gigantes da tecnologia. O conceito é bem mais amplo: uma jornada que já estamos trilhando há algum tempo e que nos últimos anos assumiu um ritmo acelerado. Olhando deste modo, já estamos no metaverso e ele está longe de ser um projeto sem êxito. O conceito de metaverso como um lugar que acessamos através de óculos é bastante limitante. Mais interessante, é entendê-lo como uma camada a mais dentro do universo em que vivemos. Uma reunião por videoconferência é uma evolução imensa que as pessoas não dão o devido valor. Hoje, equipes inteiras de trabalho conseguem estar em três países em uma mesma semana sem sair do Brasil, dirigindo execuções físicas e direcionando complexas operações”

É um caminho sem volta, pois todas as tecnologias do metaverso seguem evoluindo

“Assistimos um avanço contínuo em realidade virtual, realidade aumentada, computação em nuvem. Todas essas tecnologias são motores que irão ajudar a potencializar esta experiência. A Meta já está em seu terceiro modelo de óculos, o Meta Quest 3. Os elementos que compõem o metaverso, como a IA, a IA generativa e, principalmente, as tecnologias imersivas, estão evoluindo de forma veloz. Mas as pessoas encapsularam o metaverso em uma expectativa cultural de que ele só vai ‘acontecer’ quando tudo isso estiver funcionando e acontecendo ao mesmo tempo. Podemos dizer que, desde o advento da internet, o metaverso está em franco desenvolvimento. Temos uma fascinante tecnologia como exemplo do quanto avançamos. A ferramenta Metahumans, da Epic Games, cria, em poucos minutos, avatares ultrarrealistas e com malha esquelética para o metaverso, mimetizando a vida real dentro de um universo tridimensional, mas com um nível de fidelidade e precisão impressionantes. Isso seria impossível de ser pensado anos atrás – uma evolução assustadora do Second Life.”

Crescente adoção por vários setores

“O metaverso é um mercado em expansão e cada vez mais setores – como medicina, educação, comércio eletrônico e arquitetura, entre outros – estão apostando nele. Estudo da Market Research Future (MRFR) projeta, entre 2024 e 2030, crescimento anual do mercado da saúde no metaverso em 48,3%. Temos hoje planos de saúde em que consultas acontecem virtualmente. Mas a área entende que a tecnologia pode potencializar ainda mais a relação entre médico e paciente. Já se debate, inclusive, a utilização do metaverso no planejamento de cirurgias virtuais, como meio de reduzir a possibilidade de erro”

A cultura e o entretenimento abraçaram o metaverso

“A cultura está explorando as várias facetas do metaverso, as suas várias formas de expressão. Temos acompanhado grandes shows e exposições de arte acontecendo no metaverso. As pessoas estão vivenciando essas experiências como absolutamente reais. E estamos falando de espetáculos com grandes artistas. Já tivemos shows de Ariana Grande, David Guetta, Ed Sheeran, entre muitos outros nomes. E sabemos que a cultura tende a direcionar muito o caminho das coisas”

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Os investimentos não vão cessar

“O metaverso é um novo mercado a ser explorado. Mesmo diante de tantas ‘mortes anunciadas’, as empresas seguem apostando e investindo nele. Relatório do Citibank afirmou que a economia do metaverso tem potencial de crescimento de até US$ 13 trilhões até 2030. O banco JP Morgan estimou que o mercado total endereçável do metaverso alcance US$ 4 trilhões apenas na China. Nos Estado Unidos, segundo estudo encomendado pela empresa proprietária do Facebook, a Meta, o metaverso pode contribuir com até US$ 760 bilhões até 2035 – cerca de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) anual”

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