Nesta terça-feira (23), o Ibovespa caiu 0,26% e fechou a 109.929 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 22 bilhões. O mercado acompanhou as bolsas do exterior, que operaram com cautela após outra rodada de negociações sem resultados sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos, levantando a possibilidade de um calote sem precedentes do governo norte-americano. Na cena local, a votação do novo arcabouço fiscal do governo segue no radar dos investidores.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que o primeiro semestre deve chegar ao fim com a Câmara tendo aprovado o arcabouço fiscal e a reforma tributária, enquanto o Senado pode votar pelo menos a nova regra para as contas públicas, o que, segundo ele, dará tranquilidade a investidores e ao Banco Central. A votação da nova regra fiscal na Câmara dos Deputados ocorrerá nesta quarta-feira (24).
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“Isso vai dar uma tranquilidade muito grande para os investidores, para a autoridade monetária e para os ministros do governo de que terão condições de trabalhar em proveito do bem-estar do país”, afirmou o ministro.
Destaques do dia
Liderando as altas, a Petrobras (PETR4) subiu 2,50% a R$ 26,25 acompanhando a alta dos preços do petróleo no exterior. Segundo André Fernandes, da A7 Capital: “como a mudança de política de preços acabou vindo um pouco melhor do que o mercado esperava, apesar de estar bem incerto ainda como será o cálculo, o fluxo comprador se deu pela forte alta no petróleo que observamos hoje”.
Na sequência, o Banco do Brasil (BBAS3) e a Petrobras (PETR3) subiram, respectivamente, 2,35% a R$ 44,48 e 2,08% a R$ 29,45. Na ponta negativa, os papéis da CVC (CVCB3) e da Marfrig (MRFG3) caíram 5,31% a R$ 3,04 e 5,18% a R$ 6,59.
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No Exterior
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram com a nova rodada de negociações sobre o aumento do limite da dívida. Negociadores da Casa Branca e dos republicanos do Congresso se reuniram novamente para discutir como aumentar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões, faltando apenas nove dias para o prazo final.
Na Europa, os mercados acionários caíram com as perdas em empresas de luxo e dados fracos do banco suíço Julius Baer, enquanto investidores também estavam atentos aos dados econômicos da região e ao impasse do teto da dívida dos Estados Unidos. Além disso, dados mostraram que o crescimento empresarial da zona do euro permaneceu resiliente em maio, mas desacelerou um pouco mais do que o esperado.
Na Ásia, as ações chinesas tiveram a maior queda percentual diária em um mês, com os participantes do mercado ainda preocupados com a desaceleração da recuperação econômica do país, enquanto o enfraquecimento do iuan e os riscos geopolíticos também mantinham o sentimento do investidor frágil.
Com Reuters
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