Estúdios brasileiros devem movimentar R$ 250 milhões em 2023

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Levantamento da Abragames mostra que há cerca de 12.441 pessoas trabalhando com desenvolvimento de games no país

O Brasil enviou, em março deste ano, uma comitiva de 43 estúdios nacionais que foi para a Game Developers Conference (GDP), um dos maiores eventos de games do mundo que ocorre anualmente em San Francisco, na California. Como resultado de negócios da viagem, a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) estima que as empresas brasileiras do setor fechem R$ 250 milhões em negócios até o fim deste ano.

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“O ano de 2023 tem sido extremamente importante para a indústria brasileira de games. Mais do que a homenagem que será feita ao país pela Gamescom, em agosto, na Alemanha, e a superação das metas de contratos firmados na GDC 2023, estamos conseguindo mostrar ao mundo o potencial que o Brasil tem no setor. As perspectivas são ainda melhores para os próximos meses”, disse Rodrigo Terra, presidente da Abragames.

De acordo com Eliana Russi, diretora de operações do Brazil Games, o evento foi fundamental para colocar o Brasil no radar dos grandes investidores internacionais. “A nossa comitiva estabeleceu mais de 800 novos contatos e se encontrou com potenciais parceiros que demonstraram um enorme otimismo em relação ao conteúdo que está sendo desenvolvido no Brasil”, comentou Eliana.

Êxito da indústria brasileira de games

O mercado brasileiro de games tem motivos para comemorar. O número de estúdios nacionais em atuação subiu de 375, em 2019, para 1009 em 2022, crescimento de mais de 160%. Essa é a constatação de uma pesquisa inédita publicada pela Abragames, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), a Pesquisa Nacional da Indústria de Games.

Em relação à diversidade dentro dos estúdios brasileiros, o levantamento mostra que há cerca de 12.441 pessoas trabalhando com desenvolvimento de games no país, sendo 29,8% mulheres. Nas pesquisas de 2018 e 2014, essa mesma fatia representava apenas 20% e 15%, respectivamente. Além disso, mais da metade das empresas brasileiras (57%) afirmam ter uma força de trabalho diversa, com transexuais, idosos, estrangeiros, refugiados, portadores de deficiência, pessoas pretas, pardas ou indígenas.

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