Com IA generativa, Alexa quer melhorar diálogos e ampliar acessibilidade

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Dentre os dispositivos da Casa Alexa estão lâmpadas, plugues de tomada, interruptores, câmeras, eletrodomésticos, TVs, fechaduras, cortinas e pergolado

Lançada em 2019 em sua versão brasileira, a Alexa, assistente de voz da Amazon, possibilitava 300 atividades em sua estreia. Hoje, esse número passa de 3,8 mil – em outras palavras, as chamadas skills. No mundo, a assistente está presente em meio bilhão de dispositivos inteligentes. O próximo passo é ampliar o uso de inteligência artificial generativa, a mesma do ChatGPT, nas funções da plataforma. Um dos objetivos é melhorar os diálogos e, sobretudo, potencializar as funcionalidades para pessoas com deficiência. A Amazon Brasil, inclusive, já desenvolveu parcerias com a Associação de Apoio à Criança com Deficiência (AACD), Fundação Dorina Nowill para Cegos e Instituto Jô Clemente. Uma delas foi o Prêmio Alexa de Acessibilidade que analisou 100 skills voltadas à acessibilidade onde 10 foram finalistas.

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“A IA generativa pode ser útil para inúmeras aplicações, aprimorar um diálogo, ampliando a conversa considerando o contexto. Em caso de pessoas com alguma deficiência que limite a fala, por exemplo, essa tecnologia pode ajudar na identificação e manutenção da comunicação”, explica Talita Bruzzi Taliberti, Country Manager da Alexa no Brasil. Nesta quarta-feira, 17, a empresa inaugurou uma Casa Inteligente, em São Paulo, com mais de 100 dispositivos e o objetivo de mostrar as possibilidades da assistente de voz em uma casa real.

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De acordo com Talita, um dos grandes aprendizados da Alexa em relação ao Brasil é a capacidade da assistente de ter uma característica regional. “Quando lançamos a Alexa em português, no ano de 2019, nosso principal esforço foi ter uma assistente que falasse a nossa língua, entendesse nossos regionalismos. A Alexa, aqui, de fato é brasileira e isso nos faz ampliar sua capacidade e desenvolver funções cada vez mais pensadas para os brasileiros”, explica a executiva. Em relação ao negócio de assistentes de voz, em si, ela reforça a importância que essa divisão tem no ecossistema Amazon e a premissa de que ele se torne cada vez mais acessível.

Hoje, no Brasil, são mais de 750 dispositivos conectados compatíveis ou com Alexa embutida

Marina Zveibil, gerente sênior de PR da Amazon, explica que, ainda que milhões de pessoas usem a Alexa por conveniência, outros milhares o fazem pelas funcionalidades. “Não só pessoas com deficiência, mas idosos e qualquer um que precise do auxilio da tecnologia. No caso da acessibilidade, a Amazon reforça esse passo principalmente pelas centenas de profissionais PCDs que temos na empresa pelo mundo. Isso está presente desde a forma de a Alexa sinalizar que recebeu um comando, ou até mesmo no aumento da letra dos dispositivos com tela”, explica.

“Reforçamos em cada evento, inclusive agora com a Casa Alexa, o quanto estamos confiantes no sucesso desse negócio e o valor que ele gera na vida das pessoas. Em pouco tempo, nosso desejo é que a Alexa seja, de fato, para todos. Isso será possível também pelo esforço de uma série de empresas e parceiros que vem desenvolvendo produtos e serviços compatíveis”, destaca Talita. No evento, também foram apresentados novos modelos dos equipamentos Echo, o Pop, e a nova geração dos dispositivos Echo Dot com preços que chegam a R$ 349.

Casa Inteligente

A Casa Alexa foi criada pela Amazon para representar o lar de uma família real. E dentre os dispositivos inteligentes estão lâmpadas, plugues de tomada, interruptores, câmeras, eletrodomésticos, TVs, fechaduras, cortinas e pergolado, ao longo de quatro dormitórios, salas de estar e jantar, home theater, escritório, jardim, cozinha e área de piscina.

Hoje, no Brasil, são mais de 750 dispositivos conectados compatíveis ou com Alexa embutida que contribuem para materializar o conceito de casa inteligente. Na Casa Alexa, as marcas Geonav, i2Go, Intelbras, Positivo, Samsung e Zetaflex completam as soluções criadas de lar inteligente. O ecossistema de internet das coisas (IoT), onde a Alexa está inserida, movimentou, no Brasil, R$ 8,5 bilhões em 2022, alta de 17,6% em relação ao ano anterior.

A pesquisa IoT, Edge e Serviços Digitais da Frost & Sullivan, realizada em 2022 com 600 empresas, mostra que existem cerca de 41,76 bilhões de dispositivos ativos conectados à IoT globalmente em 2023, o que, comparado com 2022, resulta em um impulso no crescimento de 18% nas conexões. De acordo com o estudo, alguns dos principais motivos dessa expansão são a aceleração dos processos de automação, a transformação digital dentro das empresas, recuperação das cadeias de valor após a pandemia da COVID-19 e o lançamento do 5G.

O que é inteligência artificial generativa?

Essa tecnologia é baseada em algoritmos de aprendizado de máquina que são treinados usando enormes conjuntos de dados. Por exemplo, um algoritmo de aprendizado de máquina pode ser treinado usando milhões de imagens de gatos, o que permite que ele crie suas próprias imagens de gatos.

A IA generativa já está sendo usada em diversas áreas, como na criação de novos produtos de beleza, na produção de arte e até mesmo na criação de roteiros de filmes. Um dos exemplos mais famosos é o programa DeepDream, criado pelo Google, que usa IA generativa para criar imagens psicodélicas a partir de fotos.

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Apesar das possibilidades incríveis oferecidas pela IA generativa, há também preocupações éticas em torno do seu uso. Por exemplo, se um programa de IA generativo escreve uma notícia falsa que é indistinguível da realidade, isso pode ter consequências graves para a sociedade.

Em resumo, a inteligência artificial generativa é uma tecnologia fascinante e promissora que tem o potencial de transformar muitas áreas de nossa vida. No entanto, é fundamental que os desenvolvedores e usuários sejam responsáveis em seu uso e considerem as implicações éticas de suas criações.

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