Café robusta toca máximas de 12 anos com persistência de aperto na oferta

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Jose Roberto Gomes/Reuters

Cafezal em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo.

Os contratos futuros de café robusta na ICE atingiram máximas de 12 anos pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira, enquanto agricultores no Vietnã, Brasil e Indonésia, os três maiores produtores mundiais, hesitam em vender.

Café

O café robusta de julho fechou alta de 71 dólares, ou 2,8%, para 2.582 dólares a tonelada, tendo atingido o maior nível desde o início de junho de 2011, a 2.588 dólares.

O Cepea/Esalq do Brasil, um centro de pesquisa da Universidade de São Paulo, citou dificuldades em fechar negócios no mercado local porque “a maioria dos agricultores fez caixa e, portanto, está mantendo seus lotes”.

Comerciantes de robusta depositam suas esperanças em uma safra abundante e no aumento das exportações do Brasil, embora o atual progresso da safra do país tenha sido lento.

No Vietnã, os agricultores quase não têm mais estoque para vender, já que a safra atual já passou há muito tempo, enquanto os comerciantes locais na Indonésia esperam que a produção na nova safra de maio a julho caia de 20% a 30%.

O café arábica de julho caiu 0,75 centavos, ou 0,4%, para 1,8605 dólar por libra-peso.

Açúcar

O açúcar bruto de julho caiu 0,16 centavos, ou 0,6%, a 25,91 centavos de dólar por libra-peso, consolidando-se após as máximas de 11 anos do mês passado.

Os negociantes disseram que a oferta de açúcar continua apertada, mas, contra isso, os preços não têm motivos para subir, já que os fundos estão relutantes em aumentar sua posição líquida comprada.

No Brasil, espera-se que uma mudança no preço dos combustíveis aumente a diferença de cotações entre o etanol e o açúcar.

O açúcar branco de agosto caiu 3,30 dólares, ou 0,5%, para 711,70 dólares a tonelada.

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