A China estabilizará e diversificará suas importações de soja, disse um funcionário do departamento de reservas de grãos do estado nesta quinta-feira (11), conforme o país continua a promover uma maior produção doméstica da safra.
O maior comprador de soja do mundo aumentou significativamente a produção de soja para 20 milhões de toneladas no ano passado, deixando um excedente de cerca de 5 milhões de toneladas após o consumo, disse Lu Jingbo, vice-diretor da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas, em entrevista coletiva.
A soja importada é esmagada para produzir óleo de cozinha e farelo de soja para ração animal, enquanto a soja doméstica, mais cara, é usada principalmente para fazer alimentos para consumo humano.
A China aumentou a compra de soja produzida domesticamente para apoiar os produtores como parte de sua política para aumentar a produção de oleaginosas.
O país comprou 4,18 milhões de toneladas de soja nova até o final de março, 1,71 milhão de toneladas a mais que no ano anterior, acrescentou Lu.
Para as importações, a China “desenvolverá novos mercados de origem da soja enquanto estabiliza os mercados tradicionais da soja”, acrescentou Lu.
Ele não disse se “estabilizar” significa limitar ou frear o crescimento das importações dos mercados tradicionais de soja.
O Brasil e os Estados Unidos são os principais fornecedores de soja para a China e dominam a oferta.
Para ajudar a reduzir sua forte dependência das importações de soja, o país lançou um plano de ação de três anos em abril para reduzir o uso de farelo de soja na alimentação animal.
A China também espera uma boa safra de trigo este ano, disse Cong Liang, chefe do departamento, na mesma coletiva.
Apesar do recente declínio acentuado no preço do trigo doméstico para cerca de 2.800 iuanes ( US$ 405,09) por tonelada, a cotação ainda está muito acima do preço mínimo estabelecido pelas reservas estatais que acionariam o apoio do governo, disse ele.
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