Agricultura argentina espera retorno lento de chuvas; plantio de trigo cresce, diz bolsa

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REUTERS/Sebastian Toba

Rio Corriente afetado pela seca prolongada na Argentina

É improvável que o fenômeno climático El Niño traga fortes chuvas para a área agrícola da Argentina antes de setembro, disse a bolsa de grãos de Buenos Aires na quarta-feira (10), o que significa que o solo afetado pela seca provavelmente terá uma recuperação lenta.

O país é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas as condições de seca durante grande parte do ano passado afetaram suas principais regiões agrícolas, atrasando suas safras de soja e milho e reduzindo pela metade a produção de trigo da última temporada.

O El Niño, que geralmente causa chuvas acima do normal nas principais províncias agrícolas da Argentina, deve começar nas próximas semanas, informou a bolsa.

No entanto, é improvável que as chuvas comecem antes da primavera, que começa no final de setembro, disse a bolsa.

As chuvas mais intensas do El Niño ajudarão a repor os baixos níveis de umidade do solo causados pela seca.

“A reposição da umidade do solo será muito lenta na área de maior atividade dos ventos polares, afetando o oeste, o sul e parte do centro da Argentina”, disse a bolsa em seu relatório mensal climático.

A safra de soja 2022/23 da Argentina está prevista em 22,5 milhões de toneladas, quase metade do que foi produzido na temporada anterior devido à falta de chuva.

A área do plantio de trigo para a temporada 2023/24, cuja semeadura começa na segunda quinzena de maio, está prevista para 6,7 milhões de hectares, um pouco acima dos 6,1 milhões plantados na temporada anterior, informou a bolsa.

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