As exportações de café verde do país em abril atingiram 2,395 milhões de sacas de 60 kg, queda de 13,8% ante o mesmo mês de 2022, apontou nesta quarta-feira o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), indicando que as ofertas estão baixas antes de a colheita ganhar ritmo no maior produtor e exportador global.
Os embarques nacionais totais, incluindo o produto industrializado, somaram 2,722 milhões de sacas, queda de 10,3% na mesma comparação.
Considerando por variedade, a exportação de café arábica atingiu 2,27 milhões de sacas, queda de 13,8%, e a de robusta/conilon 123,35 mil sacas (-13,6%).
Entretanto, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, disse em nota que, apesar do desempenho negativo até o momento, no geral “as perspectivas futuras são boas”.
“No mercado físico, tem se observado um aumento de liquidez nas ofertas de arábica da safra corrente por parte dos produtores, que, obviamente, já se preparam para a colheita”, comentou.
Ele indicou que os compradores, “que postergaram ao máximo suas compras”, têm mostrado um interesse maior, principalmente para esses cafés da temporada atual, o que pode resultar em volumes melhores para embarques em maio e junho.
“Para a safra nova, também vemos expectativas positivas, tendo em vista as boas condições das lavouras e o interesse comprador por parte dos países importadores”, concluiu.
No acumulado dos 10 primeiros meses do ano safra 2022/23, os embarques de café do Brasil ao exterior somam 30,495 milhões de sacas, que renderam 6,993 bilhões de dólares ao país, o que representa declínio de 9,1% em volume, mas evolução de 4,6% em receita por melhores preços.
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