Aos 11 ele vendia sorvete na rua e hoje fatura R$ 50 milhões com sua sorveteria

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Émmerson Serandin, CEO da Ice Creamy

Émmerson Serandin começou a vender sorvete nas ruas de Matão, município do interior de São Paulo, aos 11 anos, na esperança de não passar pelo aperto financeiro que presenciava em sua casa. As expectativas eram boas, mas nem em seus sonhos mais bonitos ele pensou que um dia seria o fundador e CEO da rede de sorvetes Ice Creamy, que tem 80 unidades espalhadas pelo Brasil e prevê faturar R$ 50 milhões em 2023.

Porém, ele não passou a vida almejando atingir esse objetivo, muito pelo contrário. Depois de deixar o sorvete de lado, aos 13 anos, ele passou por diversas funções que iam desde entregas de panfletos até auxiliar de pedreiro. Porém, apesar de trabalhar em seu tempo livre, ele também tinha bastante facilidade com os estudos, o que o levou a conseguir se inscrever na Unesp, no curso de processamento de dados com ênfase em administração de empresas.

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Com a experiência acadêmica, ele começou a dar aulas em cursos técnicos, em faculdades e até particulares, que abriram um novo leque de possibilidades para o seu futuro.

Na época, o empreendedor tinha alunos que eram donos de empresas e queria aprender a lidar com a parte técnica da tecnologia, como criar planilhas, controles de gastos e outras funções. Assim, ele começou a ganhar destaque entre esses alunos particulares, até o ponto que passou a ser convidado para dar consultorias para as próprias empresas. Foi nesse momento que o caminho começou a bifurcar.

“Em certo ponto, a consultoria já representava uma renda maior do que as aulas, o que me fez começar a seguir o caminho corporativo”, afirma Serandin. “Assim, em pouco tempo eu montei uma agência de publicidade, uma empresa de consultoria e uma escola profissionalizante focada 100% nesse setor.”

Dentre os clientes da sua agência, Serandin começou a prestar serviços para um empresa de sorvetes, que atiçou sua paixão pelo produto novamente. Por lá, ele virou diretor de marketing e aprendeu muito sobre o mundo dos sorvetes, que um dia entraria na sua vida de novo. A parceria acabou em 2013, quando o empreendedor percebeu que queria estar em um lugar com maior liberdade de criação.

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“Até então, não tinha nem passado pela minha cabeça a ideia de abrir uma empresa de sorvetes, porque eu sabia e tinha presenciado o trabalho que aquilo dava”, diz Serandin. “Porém, no meio do caminho eu tive uma meningite que quase me matou e durante todo o tempo de hospital, eu só conseguia pensar que se passasse por aquilo, precisava criar um legado meu.”

Em seu momento de recuperação, que durou mais de um mês, ele desenvolveu o plano de negócio, com a certeza de que queria montar uma empresa de sorvetes que fosse diferente da que trabalhou.

Assim, ele lembrou de uma vez que juntou todo o dinheiro que tinha, em torno de R$ 600, para ir à Campos de Jordão, conhecer uma tecnologia nova lançada pela Nestlé, que usava pedras congeladas para produzir sorvete. Aquilo o encantou na época e não havia saído de sua cabeça até lá.

Nesse momento, ele foi para a Itália se especializar na produção de sorvetes, aprendendo a desenvolver sabores. Junto ao conhecimento adquirido por lá, ele agregou uma experiência divertida à loja e abriu a sua primeira unidade da Ice Creamy, em 2014. Em seis meses, ele já tinha mais três lojas montadas.

O negócio já nasceu para ser uma franquia e passou por um processo natural para entrar nesse mercado. Até 2017, a companhia passou por um boom de procura e abertura de lojas, impulsionada por um mercado aquecido. Em 2018, a empresa fechou o ano com faturamento de R$ 100 milhões. Em 2023, a expectativa da empresa é faturar R$ 50 milhões, ainda na recuperação da queda que o setor de varejo sofreu durante a pandemia.

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“Nós entendemos que 2023 ainda é um ano de recuperação e 2024 e 2025 serão anos de retomada, quando temos a expectativa de voltar a ultrapassar os seis dígitos de faturamento”, diz Serandin.

Investimentos em tecnologia

Para continuar avançando e trazendo diferenciamento para a Ice Creamy, o empresário está apostando na tecnologia e incluindo Inteligência Artificial (IA) nos seus processos, desde a criação de novos sabores, até a organização do fornecimento de seus franqueados.

“Uma das coisas que a IA vai nos ajudar e muito é na previsão de demanda dos nossos parceiros, que hoje ainda não é feita de forma inteligente. Vai chegar um momento que o algoritmo vai usar as médias dos pedidos para estipular quando deve ser entregue ao franqueado, nos ajudando a evitar desperdícios”, afirma Serandin.

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