Shunsaku Sagami, fundador e CEO de 32 anos da M&A Research Institute Holdings, é o mais novo bilionário do Japão. As ações da corretora especializada em fusões e aquisições de pequenas e médias empresas dispararam mais de 340% desde sua listagem em junho passado. A participação de 73% de Sagami vale atualmente pouco mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões), com base no preço de fechamento desta sexta-feira (28) de ¥ 10.090 (R$ 371,35).
Fundada em 2018, a M&A Research Institute usa inteligência artificial para combinar potenciais compradores com empresas que podem fechar, apesar de serem lucrativas, devido seus proprietários estarem envelhecendo e não conseguirem encontrar sucessores. A empresa de Sagami consegue fechar negócios rapidamente, com uma média pouco superior a seis meses para concluir uma transação contra a média de um ano do setor. No trimestre encerrado em dezembro de 2022, a M&A concluiu 33 transações, com 426 em andamento, conforme seu último relatório de resultados.
A atividade de fusões e aquisições está aumentando no Japão. Atingiu um recorde de 4.304 transações em 2022, segundo a Recof, empresa japonesa que acompanha este mercado. O setor varia entre negócios de grande valor e transações de tamanho modesto, que a empresa de Sagami visa. No ano passado, a companhia de investimentos norte-americana KKR privatizou a japonesa Hitachi Transport System em um negócio avaliado em US$ 5,2 bilhões (R$ 26 bilhões). Os negócios anteriores do M&A Research Institute incluem a venda de uma empresa de TI sem sucessor, de 200 milhões de ienes (receita), para uma rival em busca de expansão de 1,5 bilhão de ienes (receita).
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Shunsaku Sagami, cujo primeiro emprego foi em publicidade e não em finanças, foi motivado por sua própria experiência a se aventurar no campo de fusões e aquisições. Em 2015, ele montou uma empresa de mídia de moda chamada Alpaca, que foi adquirida pela agência de relações públicas Vector, listada em Tóquio, e posteriormente renomeada como Smart Media. Sagami, que tinha vinte e poucos anos na época, continuou trabalhando na empresa e a ajudou a fazer novas aquisições.
Enquanto estava lá, ele notou ineficiências no processo de negociação, segundo seu relato em um post no site da M&A Research Institute. Enquanto isso, Sagami também testemunhou o negócio de seu avô sendo forçado a fechar porque não havia sucessor para mantê-lo funcionando. O objetivo principal de Sagami era ajudar a preservar as PMEs do Japão. Mais de 99% de todas as empresas no país são pequenos e médios negócios e cerca de dois terços delas não têm sucessores, segundo a Teikoku Databank, uma empresa de pesquisa financeira.
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A M&A Research Institute implanta um sistema de correspondência com tecnologia de IA para ajudar na busca de potenciais compradores de empresas cujos proprietários desejam vender. A companhia cobra uma taxa de sucesso que é paga apenas quando o negócio é concluído. Esse sistema de preços amigável ao cliente e a abordagem orientada por IA deram uma vantagem sobre a concorrência, diz a empresa.
O sucesso estimulou Sagami a abrir o capital da empresa no mercado de bolsa em crescimento de Tóquio, em junho do ano passado – menos de quatro anos após a fundação da empresa.
A M&A Research Institute reportou um lucro líquido de US$ 7,1 milhões (R$ 35,56 milhões) sobre uma receita de US$ 15,7 milhões (R$ 78,63 milhões) no trimestre encerrado em dezembro de 2022. A receita anual da empresa aumentou quase 200% em relação ao ano anterior, para US$ 28,8 milhões (R$ 144,24 milhões) no ano fiscal encerrado em setembro de 2022, com seu lucro saltando quase quatro vezes para US$ 9,8 milhões (R$ 49,08 milhões) durante o mesmo período. O número de consultores de fusões e aquisições na empresa mais que dobrou para 90 no final de dezembro.
Ao descobrir que os proprietários de empresas que venderam seus negócios estavam perguntando à M&A como investir sua riqueza recém-adquirida, Shunsaku Sagami agora expandiu para a gestão de ativos.
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(Traduzido por Monique Lima)
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