A troca de vasos é importante para o desenvolvimento das plantas. E isso tanto para uma muda recém-comprada quanto para uma espécie já cultivada no jardim. Afinal, conforme elas crescem, o espaço dos vasos também precisa aumentar.
Mas essa troca de vaso não pode ser de qualquer jeito. Ela exige um processo específico com alguns detalhes imprescindíveis dos quais não se pode esquecer. Por isso, Fernando Araújo, especialista em jardinagem da Vasart, traz a seguir o passo a passo para uma troca de vaso correta!
Montagem do novo vaso
Segundo Fernando, após escolher a nova moradia da plantinha, é preciso preparar o terreno. Para isso, muitas vezes se começa usando a manta de bidim, um sistema de drenagem da água utilizado para evitar a mistura entre a argila expandida e a terra. Basta colocar um pedaço que fique bem acomodado no recipiente. Outras sugestões, além da manta, são o tecido TNT e os panos reutilizáveis de limpeza.
Em seguida, deve vir uma camada de argila expandida. Assim como a manta, essas “bolinhas” contribuem para a filtragem, evitando que se acumule terra no fundo e/ou obstrua os furos para o escoamento da água. A quantidade de argila varia, sendo o suficiente para cobrir a manta. Pode-se usar também isopor, cacos de telha e tijolos ou pedriscos (pedra de rio).
Na sequência, é colocada mais uma camada de manta e, posteriormente, uma camada de substrato, que deve ser escolhida de acordo com a espécie plantada. “É sempre bom buscar o substrato específico para o tipo de planta que será transplantada. Não existe um substrato universal. A costela-de-adão, por exemplo, gosta de um substrato mais poroso e mais drenável, o mais rico em matéria orgânica possível”, detalha Fernando. Sobre a quantidade de substrato, isso vai depender da altura que você quer a planta no vaso.
Hora do transplante
Na hora de realizar a troca, é essencial retirar a planta do antigo vaso com bastante atenção, tendo atenção às raízes e ao caule. Já no vaso novo, centralize a planta sobre a terra.
Depois, preencha os vãos laterais, entre a planta e o vaso, com mais substrato e finalize o processo dando pequenos apertões na terra. Afinal, não queremos que a planta fique bamba, não é mesmo?
Como acabamento, despeje cascas de pinus ao redor. Além de proporcionar uma estética agradável, elas mantêm a umidade no solo, reduzindo o aparecimento de ervas daninhas e doenças, que se concentram na casca e não na planta viva.
E o transplante está pronto! Em um novo local e com a manutenção correta e constante, a planta seguirá vigorosa por bem mais tempo.