As exportações de açúcar do Brasil devem avançar 15% na safra 2023/24, iniciada neste mês, para 32,4 milhões de toneladas, diante de um crescimento na moagem de cana no país e condições favoráveis no mercado, disse nesta segunda-feira o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A nova safra brasileira de cana está prevista em 661,4 milhões de toneladas, volume 6,5% maior que a anterior. Do total, 590 milhões de toneladas devem ser colhidas no centro-sul, 46,1 milhões a mais que na última temporada.
“A safra de cana-de-açúcar da região centro-sul teve um bom desempenho em 2022/23 devido às condições climáticas favoráveis. Os altos preços do açúcar também garantiram que os agricultores mantivessem suas áreas marginais para plantações de cana-de-açúcar”, disse o adido em relatório.
“O efeito El Niño deve provocar chuvas mais intensas no segundo semestre de 2023, o que pode influenciar favoravelmente as safras de cana-de-açúcar”, acrescentou.
O incremento nas cotações do adoçante deve contribuir para que as usinas elevem a destinação de matéria-prima para fabricação da commodity no mix de produção. Segundo o USDA, o uso de cana para açúcar deve passar de 45,2% na safra passada para 47,8% em 2023/24.
Com isso, o adido projetou a produção de açúcar para 2023/24 em 42 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em relação ao ciclo anterior, devido ao maior volume esperado de cana para moagem.
O cenário abre espaço para que o maior país produtor e exportador global possa aumentar o volume de açúcar disponível para embarque.
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