O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez nesta quinta-feira (20) uma “súplica” ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela redução imediata da taxa de juros durante discurso em evento em Londres no qual o comandante da autoridade monetária também estava presente.
Em fala durante o evento Lide Brazil Conference realizado na capital do Reino Unido, Pacheco, que também é presidente do Congresso Nacional, lembrou que o Senado aprovou a autonomia do BC, que ele disse continuar a defender, para que a autoridade monetária fosse protegida de “interferências políticas indevidas”. Ao mesmo tempo, no entanto, disse que o Banco Central precisa ter “sensibilidade política” e reduzir os juros.
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“Nós precisamos crescer o Brasil, e nós não conseguiremos crescer o Brasil com a taxa de juros a 13,75% ao ano”, disse Pacheco, arrancando aplausos da plateia formada em boa parte por empresários.
“Se há algo que nos une neste momento é a impressão, o desejo, a obstinação de reduzir taxa de juros no Brasil. Por isso eu gostaria de pedir muito, é uma súplica do Senado, meu caro presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto… nós precisamos encontrar os caminhos para uma redução imediata da taxa de juros no Brasil”, afirmou.
Pacheco disse ainda que a proposta de novo arcabouço fiscal, entregue pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana, será rapidamente aprovada pelo Congresso.
“Nós temos esse compromisso de responsabilidade fiscal, apreciaremos o projeto de lei completar com muita rapidez tanto na Câmara quanto no Senado e entregaremos muito em breve à sociedade um plano fiscal que, inclusive, foi muito elogiado”, afirmou.
Campos Neto, indicado ao cargo pelo antecessor de Lula, Jair Bolsonaro, e cujo mandato termina no final de 2024, discursará no evento na sexta-feira. Ele tem sido alvo constante de críticas do presidente da República, de aliados dele e de membros do governo devido ao atual patamar da taxa de juros.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai se reunir nos dias 2 e 3 de maio e a expectativa de agentes do mercado é que decida pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, no patamar atual de 13,75% ao ano.
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