O Ibovespa abriu em queda após três dias consecutivos de forte alta, com recuo de 0,21%, aos 106.665 pontos. Com a agenda esvaziada nesta quinta (13), o mercado local está de olho na agenda externa, com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à China, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Netos, aos Estados Unidos.
Na véspera, Campos Neto comparou a taxa Selic a uma dosagem de antibiótico. Segundo ele, se diminuir as taxas antes da hora, a doença piora, e ainda não é hora de reduzir os juros no Brasil. O próximo encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) está previsto para os dias 2 e 3 de maio. O mercado espera uma sinalização de queda dos juros, com diminuição concreta em junho.
Já a comitiva do governo federal na China visitou uma fábrica da gigante de tecnologia chinesa Huawei, em Xangai. Além disso, Lula discursou na cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no NBD (Novo Banco de Desenvolvimento).
Analistas esperam mais informações sobre os possíveis acordos bilaterais que o presidente irá formalizar com a China. A expectativa é que setores da construção civil e exportadoras sejam beneficiadas.
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A China reportou crescimento das exportações em março, com alta de 14,8% ante o consenso do mercado de queda de 7% na comparação anual. Já as importações caíram menos que o esperado, com redução de 1,4% no período, contra a expectativa de uma baixa de 5%.
Em Wall Street, investidores repercutem novos dados de inflação, desta vez os preços ao produtor. O PPI (na sigla em inglês) recuou 0,5% no mês passado, ante uma expectativa de estabilidade pelo mercado. Em fevereiro, a queda tinha sido de 0,1%. Na comparação anual, o indicador acumulou alta de 2,7%, frente expectativa de 3% pelo mercado e alta de 4,6% registrada em fevereiro.
Trata-se do segundo indicador a registrar desaceleração na alta dos preços. Na véspera, o CPI (índice de preços ao consumidor) também apresentou números menores do que o esperado pelo mercado.
Investidores também repercutem é a ata da última reunião do Federal Reserve, que indicou a possibilidade de uma recessão no país devido à recente crise bancária. Falas de alguns dirigentes do Fed trazem incertezas sobre os impactos do aperto monetário na economia. O mercado tem projeções de um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros em maio, seguido de uma pausa prolongada.
Por volta das 10h (horário de Brasília), o futuro do Dow Jones subia 0,21%, o S&P 500 avançava 0,34% e o Nasdaq tinha ganhos de 0,55%. O dólar à vista operava em queda no mesmo horário, com recuo de 0,41%, a R$ 4,9243.
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