Recentemente, uma pandemia varreu o mundo. Da noite para o dia, sem que tivéssemos sido consultados, nossos negócios tiveram que implantar mudanças que não estavam planejadas e nem orçadas. Era uma questão de sobrevivência. Empresas criaram planos de contingências, reduziram custos, desenvolveram produtos, novos canais de vendas e se adaptaram a novos hábitos de consumo.
Algumas organizações não resistiram a essa imposição e encerraram suas atividades. Outras se endividaram e trabalham até hoje para pagar a conta. Por outro lado, algumas empresas surfaram nesse novo momento e cresceram bastante. O que diferenciou essas instituições foi a sua capacidade de se adaptarem rapidamente às novas demandas.
A velocidade com que o mundo tem mudado aumentou de forma significativa. Mudanças geopolíticas, alterações de comportamento frente aos novos meios de comunicação digital e o avanço tecnológico têm nos deixado perplexos diante das perspectivas para o futuro. Não é um filme de ficção científica, mas não nos espantamos mais com a iminente colonização de um novo planeta, o uso de dispositivos tecnológicos implantados em corpo humano, tampouco a presença de robôs realizando tarefas de humanos com a mesma ou melhor destreza. Para que mundo estamos caminhando? Quais são os riscos desta nova realidade? Qual é o futuro do trabalho e das empresas?
Essas perguntas têm tirado o sono de muita gente. Os mais apocalípticos preveem o caos econômico e social, enquanto otimistas esperam um mundo de maior prosperidade e desenvolvimento. Em minha visão, seja num cenário otimista ou pessimista, a transição vai nos impor desafios que nos exigirão uma enorme capacidade de adaptação, de preferência, rapidamente. Como gestores de negócios, é preciso velocidade para aproveitarmos oportunidades que estão chegando, porém, ao mesmo tempo, para sobrevivermos às mudanças em todo o ambiente de negócios. Não são os mais fortes que sobrevivem – são os que se adaptam a tempo.
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Mais do que nunca, atestamos que a estabilidade não existe: as mudanças são implacáveis, o ritmo com que essas alterações estão sendo implantadas tem aumentado. Estamos chegando a um ponto de inflexão em que parece não existir um caminho de volta. Estamos entrando numa nova era. Um tempo de oportunidades e novos desafios.
Se eu pudesse dar um único conselho, aquele que eu mesmo vou seguir à risca, seria: não fique preso ao passado, às velhas práticas, aos modelos que funcionaram anteriormente ou às premissas antigas. Esteja pronto para abraçar o novo, para mudar seus produtos, formas de vendê-lo e pronto para criar caminhos.
Durante essa transição, muitos pequenos, médios e grandes empresários precisaram encontrar seu novo Norte. Essa dinâmica do caos esconderá enormes oportunidades para você, que se preparou antecipadamente e está disposto a se adaptar com a rapidez do mundo atual. Largar na frente posicionará você, inclusive, para ajudar todo esse ecossistema de negócios em um futuro próximo.
Flávio Augusto da Silva é empreendedor e escritor. Dentre suas iniciativas, é CEO e fundador da WiseUp, líder no ensino de inglês para adultos, proprietário do Orlando City Soccer Club, time de futebol profissional dos EUA, e fundador e Presidente do conselho de administração da Wiser Educação.
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Artigo publicado na edição 105 da revista Forbes, de janeiro de 2023.
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