15 agro bilionários do Brasil entram no ranking global da Forbes 2023

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Entre os bilionários do agro, Feldmann, Ometto, Maggi e Lemnan

A Forbes anunciou ontem (4) quais são as pessoas mais ricas do mundo, com fortunas pessoais acima de US$ 1 bilhão. A lista global conta com 2.640 pessoas. Do agro brasileiro fazem parte 15 bilionários dos setores de grãos, bebidas, agroindústria e insumos.

O grupo é dono de uma fortuna que soma US$ 56,1 bilhões, o equivalente na moeda local a R$ 285 bilhões na cotação de ontem. Três são novatos no grupo de brasileiros que compõem o ranking global: Blairo Maggi, Itamar Locks e Hugo Ribeiro, acionistas da Amaggi. Até o ano passado, a fortuna da família entrava por meio da matriarca, Lucia Maggi, que permanece no ranking.

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Para calcular o patrimônio líquido, a Forbes usou os preços das ações em 10 de março de 2023. A conversão de dólares para reais considerou a cotação de R$ 5,08.

Confira quem são os 15 bilionários com fortunas ligadas ao agro:

1 – Jorge Paulo Lemann, 83 anos, e família

Posição no ranking global: 108 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 15,8 bilhões (R$ 80,32 bilhões)

Jorge Paulo Lemann é acionista controlador da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo. Seus outros acionistas controladores incluem Carlos Sicupira e Marcel Herrmann Telles, ambos bilionários. Em 2016, a AB InBev concluiu a aquisição da SABMiller por quase US$ 100 bilhões, adquirindo marcas como Pilsner Urquell e Foster’s Lager. Lemann e seus sócios também possuem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede canadense de cafés Tim Hortons. Em 2013, a private equity 3G Capital, de Lemann, e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, compraram a H.J. Heinz & Company, que s fundiu com a Kraft.

2 – Marcel Herrmann Telles, 73 anos

Posição no ranking global: 165 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 10,6 bilhões (R$ ​​53,89 bilhões)

Marcel Hermann Telles é um dos acionistas controladores da Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, da qual detém uma participação minoritária. Os outros acionistas controladores são Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira. Telles e seus sócios também têm ações da Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede canadense de cafés Tim Hortons. Em 2013, a empresa de private equity do trio, a 3G Capital, e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, compraram a H.J. Heinz & Company, que se fundiu com a Kraft.

3 – Carlos Alberto Sicupira, 75 anos, e família

Posição no ranking global: 232 (subiu)
Patrimônio líquido: US$ 8,6 bilhões (R$ 43,72 bilhões)

A maior parte da riqueza de Carlos Alberto Sicupira, ou Beto Sicupira, como é chamado no meio empresarial, vem de suas ações na Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo. Ele detém cerca de 3% de participação. Os dois outros controladores são Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, ambos bilionários. Em 2016, a AB InBev concluiu a compra da SABMiller por quase US$ 100 bilhões, dona de marcas como Pilsner Urquell e Foster’s Lager. Sicupira e seus sócios também possuem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede canadense de cafés Tim Hortons. Em 2013, a empresa de private equity do trio, a 3G Capital, e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, compraram a H.J. Heinz & Company, que depois se fundiu com a Kraft.

4 – Walter Faria, 68 anos

Posição no ranking global: 876 (inalterada)
Patrimônio líquido: US$ 3,3 bilhões (R$ 16,78 bilhões)

O veterano da indústria cervejeira Walter Faria comprou o Grupo Petrópolis em 1998 e o transformou em uma das maiores empresas de cerveja e bebidas do Brasil, com marcas como Itaipava, Petra e Crystal. No dia 27 de março, o grupo entrou com pedido de recuperação judicial. As dívidas da empresa somam R$ 4,2 bilhões (US$ 648,9 milhões na cotação atual), das quais 48% são financeiras e 52% com fornecedores e terceiros. Até então, a empresa continua como a única grande cervejaria do país com capital 100% brasileiro.

5 – Joesley Batista, 51 anos

Posição no ranking global: 1.164 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 2,6 bilhões (R$ 13,22 bilhões)

Joesley Batista é um dos dois irmãos que controlam a JBS S.A., uma das maiores processadoras de carne do mundo.
O pai deles, José Batista Sobrinho, fundou um pequeno açougue em Anápolis, no centro do Brasil. Cresceu com a aquisição de frigoríficos na região. Joesley e seu irmão Wesley assumiram o controle nos anos 2000, liderando a aquisição da processadora de suínos e bovinos Swift & Co., em 2007, por US$ 225 milhões. Hoje, a JBS opera em 15 países, nos mercados de carnes bovina, suína, ovina e de frango, e na produção de alimentos, produtos de couros, higiene e limpeza, colágeno, embalagens metálicas, biodiesel, entre outros.

6 – Wesley Batista, 50 anos

Posição no ranking global: 1.164 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 2,6 bilhões (R$ 13,22 bilhões)

Wesley Batista é um dos dois irmãos que controlam a JBS S.A., uma das maiores processadoras de carne do mundo.
O pai deles, José Batista Sobrinho, fundou um pequeno açougue no centro do Brasil em 1953. Ele cresceu com a aquisição de abatedouros na região. Wesley e seu irmão Joesley assumiram o controle na década de 2000, liderando a aquisição da processadora de suínos e bovinos Swift & Co. pela JBS em 2007 por US$ 225 milhões. Wesley liderou o grupo no processo de internacionalização da marca, sendo o principal responsável pela evolução da JBS nos EUA. Hoje, ela opera em 15 países, nos mercados de carnes bovina, suína, ovina e de frango, e na produção de alimentos, produtos de couros, higiene e limpeza, colágeno, embalagens metálicas, biodiesel, entre outros.

7 – Alceu Elias Feldmann, 73 anos

Posição no ranking global: 1.217 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 2,5 bilhões (R$ 12,71 bilhões)

Alceu Elias Feldmann é o fundador da Fertipar, gigante brasileira de fertilizantes com receita de US$ 3,9 bilhões em 2021. Possui 85% da companhia, que detém cerca de 15% do mercado brasileiro de fertilizantes e pesticidas.
Formado em engenharia agronômica pela Universidade Federal do Paraná, Feldmann fundou a empresa em 1980. Ele atua como presidente e CEO do grupo, uma holding formada por 11 empresas em todo o Brasil.

8 – Rubens Ometto Silveira Mello, 73 anos

Posição no ranking global: 1.905 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão (R$ 7,63 bilhões)

Rubens Ometto Silveira Mello tornou-se o primeiro bilionário do etanol em 2007. A Cosan, sua gigante do açúcar, está listada na Bolsa de Valores de Nova York. As origens da empresa datam de 1936, quando os avós de Ometto abriram uma usina de cana-de-açúcar em São Paulo. Após várias aquisições, a Cosan tornou-se uma das maiores produtoras e processadoras de cana-de-açúcar do mundo e uma das maiores produtoras de etanol.
Além das ações da Cosan, Ometto também possui uma carteira de investimentos imobiliários.

9 – Lucia Borges Maggi, 90 anos, e família

Posição no ranking global: 2020 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 1,4 bilhão (R$ 7,12 bilhões)

Lucia Borges Maggi é cofundadora do Grupo André Maggi, nome do marido, em 1977 (André Maggi morreu em 2001). A Amaggi se tornou um dos maiores produtores brasileiros de soja e outras commodities, como algodão e milho, atuando em elos da cadeia como o processamento das commodities. Lucia Maggi esteve à frente das decisões do grupo, juntamente com os filhos e genros, depois da morte do marido. No processo de profissionalização do grupo ela se afastou do dia a dia e foi para o conselho de administração, onde atuou por longo tempo. Há cerca de 10 anos, ela deixou sua cadeira e hoje é acionista da Amaggi.

10 – Blairo Maggi, 66 anos

Posição no ranking global: 2.133 (estreante)
Patrimônio líquido: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,61 bilhões)

Blairo Maggi é filho de André Maggi e Lucia Maggi, cofundadores, em 1977, do Grupo André Maggi, hoje grupo Amaggi. O casal teve 5 filhos. Blairo tem 4 irmãs. O grupo Amaggi se tornou um dos maiores produtores brasileiros de soja e outras commodities. Desde meados dos anos 1990, Blairo se desligou do executivo da empresa para se dedicar à política, onde exerceu uma longa carreira, de senador a governador e ministro da agricultura. Blairo hoje é acionista do grupo.

11 – Itamar Locks, 68 anos, e família

Posição no ranking global: 2.133 (estreante)
Patrimônio líquido: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,61 bilhões)

Casado com Fátima Maggi, Itamar Locks é genro da bilionária Lucia Maggi, que fundou o Grupo André Maggi em 1977, junto com o marido, André Maggi. Participou ativamente do crescimento do hoje denominado grupo Amaggi, que se tornou um dos maiores produtores brasileiros de soja e outras commodities. Hoje, Locks é acionista da companhia.

12 – David Feffer, 66 anos

Posição no ranking global: 2.259 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 1,2 bilhão (R$ 6,10 bilhões)

David Feffer é o filho mais velho de Max Feffer, cujo pai imigrante Leon Feffer lançou o negócio da família. Seu avô Leon Feffer fundou a empresa brasileira de celulose e papel Suzano, em 1924. David e seus três irmãos – Daniel, Jorge e Ruben – herdaram ações da Suzano. No movimento de expansão, a Suzano adquiriu a Fibria Celulose, em janeiro de 2019, por cerca de US$ 7,5 bilhões, criando a maior produtora de papel do Brasil. David é presidente do conselho de administração da Suzano e presidente do braço de investimentos da família desde 2003. Daniel e Jorge também são conselheiros da companhia.

13 – Hugo Ribeiro, 70 anos, e família

Posição no ranking global: 2259 (estreante)
Patrimônio líquido: US$ 1,2 bilhão (R$ 6,10 bilhões)

Hugo Ribeiro, casado com Vera Maggi, é genro da bilionária Lucia Maggi, que junto com o marido fundou o Grupo André Maggi, hoje grupo Amaggi. A companhia criada em 1977 é uma das maiores do agro brasileiro, com braço na originação de commodities, como soja, algodão e milho, mais agroindústria, logística e energia. Ribeiro, que participou ativamente da estruturação da Amaggi, hoje é acionista da companhia.

14 – Daniel Feffer , 63 anos

Posição no ranking global: 2.405 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhão (R$ 5,59 bilhões)

Daniel Feffer é um dos quatro irmãos bilionários que controlam a Suzano Papel e Celulose, empresa brasileira de papel fundada em 1924 por seu avô. Segundo mais velho dos irmãos, ele é vice-presidente da Suzano, que no início de 2019 adquiriu a empresa brasileira de papel e celulose Fibria Celulose. Defensor dos mercados abertos, Daniel Feffer é o presidente da filial brasileira da Câmara de Comércio Internacional. Ele também fundou a Intelligent Tech & Trade Initiative, um think tank que visa informar e influenciar profissionais de comércio exterior.

15 – Ruben Feffer, 52 anos

Posição no ranking global: 2.405 (caiu)
Patrimônio líquido: US$ 1,1 bilhão (R$ 5,59 bilhões)

Ruben Feffer é um dos quatro irmãos bilionários que controlam a Suzano, uma gigante processadora de papel e celulose, fundada por seu avô. Conhecido como Binho, é o único irmão que não é conselheiro da Suzano.
Pianista, ele é compositor da trilha de “O Menino e o Mundo”, filme brasileiro de 2013 indicado ao Oscar de melhor animação. Desenvolveu uma carreira criando música para filmes e programas de TV por meio de sua empresa, a Unisson Productions.

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