Dos diamantes às ações: startup usa IA para facilitar investimentos

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BrigdeWise está focada em ganhar mercado também no Brasil

Precificar pedras preciosas como diamantes e avaliar o valor de ativos nas principais Bolsas de Valores mundiais podem parecer coisas completamente diferentes, mas para os fundadores da BridgeWise não é bem assim.

A startup é a segunda criada em conjunto pelos israelenses Gabriel Diamant, Dor e Or Eligula e Mor Haza, e segue a mesma lógica da primeira ao usar Inteligência Artificial para medir o valor de ativos complexos.

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“Nossa trajetória começou com a criação de uma startup que fazia a precificação de diamantes para a Bolsa de Diamantes de Israel, usando tecnologia que hoje pode ser chamada de Inteligência Artificial”, afirma Diamant. “Assim, criamos um algoritmo sofisticado para avaliar essas pedras preciosas e em menos de dois anos vendemos a companhia.”

De acordo com ele, a mudança para o mercado de ações foi motivada pela dificuldade que o grupo enxergou na maneira como os investidores de varejo aportavam seu dinheiro. Diamant explica que os fundadores fizeram um levantamento para entender como as pessoas tomavam suas decisões financeiras e perceberam que muitas delas não conseguiam ler relatórios ou avaliar empresas a fundo por não saber falar inglês.

Divulgação/BridgeWise

Or Eligula, Gabriel Diamant, Dor Eligula e Mor Hazan, fundadores da BridgeWise

“Nós percebemos que era necessário ter uma plataforma organizada, com informações simples e em diversas línguas para dar mais acesso aos investimentos em todo o mundo e foi isso que fizemos”, diz ele. “Não tinha nada no mercado parecido com a BridgeWise e foi muito divertido criar esse modelo.”

A iniciativa deu certo. Cobrindo aproximadamente 44 mil companhias abertas em todo o mundo, a startup conquistou cerca de 1 milhão de usuários em quatro anos de atividades. Esses usuários recebem relatórios de pesquisa e recomendações detalhadas de compra ou venda dos ativos cobertos feitos pela própria BridgeWise.

Entrada no Brasil

Agora, a empresa está focada em ganhar mercado também no Brasil. Para eles, faz bastante sentido crescer por aqui. “A mentalidade dos dois países é muito similar. Assim como nós, vocês não desistem, são diretos e não aceitam desaforo, o que é muito importante para os negócios”, afirma Diamant.

As instituições financeiras presentes no território brasileiro também chamaram a atenção dos fundadores. Assim, a empresa captou US$ 13 bilhões (R$ 67 bilhões) em uma rodada de investimentos por aqui no fim de janeiro, liderada pelo Grupo 11. O L4 Venture Builder, fundo de investimento independente da B3, também fez parte do aporte.

“Nós falamos diretamente com a B3, que é uma instituição independente de qualquer banco, o que nos dá liberdade para atuar em todo o setor com bastante facilidade”, diz Diamant. “Gostamos muito do mercado brasileiro e acreditamos que tem grande potencial para ser o centro das operações em um futuro próximo.”

Para Dor Eligula, um dos maiores desafios por aqui será conseguir a confiança dos clientes na tecnologia em si. “As pessoas entendem a importância de ferramentas que usam a IA e nós queremos ter a confiança dos consumidores para sempre que pensarem na tecnologia para investimentos, a BridgeWise venha à cabeça”, afirma.

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