A hipertensão arterial pode danificar as mesmas regiões do cérebro que estão ligadas à demência e ao declínio dos processos mentais, de acordo com um estudo publicado ontem (27) no European Heart Journal. Esta foi a primeira vez que as duas condições médicas graves foram diretamente relacionadas; antes disso, os pesquisadores haviam as associado causalmente, indicando que a pressão alta afetava o cérebro, mas sem desvendar como.
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A pesquisa se baseou em informações de exames cerebrais de ressonância magnética, análises genéticas e dados observacionais de milhares de pacientes. Nove partes do cérebro tiveram mudanças relacionadas à pressão sanguínea mais alta e pior função cognitiva, incluindo a parte responsável por regular o movimento e influenciar certos tipos de aprendizado.
Outras partes do cérebro afetadas incluem aquelas envolvidas em funções executivas – planejamento de tarefas diárias simples e complexas – e o gerenciamento de emoções e tomada de decisões.
Durante anos, os pesquisadores tentaram explicar a ligação entre pressão alta e função cognitiva. Um estudo de 2019 publicado no Journal of Clinical Medicine, por exemplo, sugeriu que a pressão arterial poderia ser considerada um biomarcador precoce para medir o comprometimento cognitivo em indivíduos sem demência ou derrame. Outro estudo de 2019, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), descobriu que a redução da pressão arterial reduz o impacto do comprometimento cognitivo leve, um conhecido fator de risco para demência.
Embora vários tenham sugerido que a ligação de fato existia, esse estudo mais recente mostra as partes do cérebro afetadas.
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Atualmente, cerca de 30%. das pessoas têm pressão alta em todo o mundo, segundo os pesquisadores.
(Traduzido por Isadora Tega)
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