Os brasileiros estão mais tristes – essa foi a constatação do World Happiness Report de 2023, estudo anual que classifica a felicidade global em mais de 150 nações ao redor do mundo. Em comparação com o ano passado, o Brasil caiu 11 posições no estudo anual e foi do 38º para a 49º lugar.
Supervisionado pela Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável, o relatório é lançado todos os anos em homenagem ao Dia Internacional da Felicidade, comemorado hoje (20). O ranking é baseado em dados de fontes como a Gallup World Poll, alavancando seis fatores principais: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.
Apesar da queda brasileira, a tendência geral foi de estabilidade. A lista deste ano é bem semelhante às classificações dos últimos quatro anos, com os mesmos países nórdicos ocupando os primeiros lugares. A Finlândia encabeça o ranking pela sexta vez consecutiva. A Dinamarca mais uma vez aparece na segunda posição (igual ao ano passado), seguida pela Islândia na terceira.
“Os países nórdicos merecem atenção especial em razão de seus níveis gerais altos de confiança pessoal e institucional”, dizem os autores do relatório. “Suas taxas de mortalidade por Covid-19 foram mais de 60% menores que em outros lugares da Europa Ocidental durante 2020 e 2021 – os países nórdicos tiveram 27 óbitos por 100.000 habitantes, em comparação com 80 no restante da Europa Ocidental”.
“A Finlândia continua a ocupar o primeiro lugar, pelo sexto ano consecutivo, com uma pontuação significativamente à frente de todos os outros países”, dizem os autores do relatório.
O que torna a Finlândia tão feliz? De acordo com os especialistas da Universidade de Aalto, existem vários fatores-chave. “O país parece se destacar devido à capacidade do regime de bem-estar finlandês de ajudar seus cidadãos a se sentirem cuidados”, diz o professor Frank Martela. “Benefícios de desemprego relativamente generosos e assistência médica quase gratuita ajudam a mitigar as fontes de infelicidade, garantindo que haja menos pessoas altamente insatisfeitas com suas vidas.”
Leia mais: Finlândia lança curso com tudo pago que ensina como ser mais feliz
O planejamento urbano da Finlândia também faz com que as pessoas se sintam saudáveis e seguras. “O ambiente desempenha um grande papel na felicidade, o que torna muito importante o tema da promoção da saúde nas cidades”, diz Marketta Kyttä, professora da Aalto University. “Está intimamente relacionado à sustentabilidade social e se você se sente conectado à sua comunidade.”
E os países que caíram na lista? Israel subiu cinco pontos e tirou a Suíça do quarto lugar – que caiu para oitavo. A Holanda, mais uma vez, está na quinta posição. Algumas outras movimentações incluem a Suécia (subindo um ponto para 6º) e a Noruega (subindo um ponto para o 7º).
O Canadá está em 13º lugar – um aumento de 2 pontos em relação ao ano passado. Os EUA também subiram uma posição, chegando a 15ª. A Bélgica subiu duas posições, para o 17º. Novo no top 20 deste ano é a Lituânia, que subiu mais de 30 posições desde 2017.
Alguns países caíram em sua classificação em 2023, incluindo Luxemburgo (queda de três posições para o 9º lugar), Irlanda (uma posição, para o 14º), Alemanha (duas posições, 16º) e Reino Unido (dois lugares, para 19º). A França saiu da lista dos 20 primeiros.
Além dos países mais felizes do mundo, o estudo também analisa os lugares onde as pessoas são mais infelizes. Os países com classificação mais baixa no relatório estão devastados pela guerra: Afeganistão e Líbano. Segundo o relatório, esses lugares também têm uma média de avaliação de vida mais de cinco pontos menor (em uma escala de 0 a 10) do que nos 10 países mais felizes.
Completando a lista dos cinco países mais infelizes do mundo: Serra Leoa, Zimbábue e Congo.
Leia mais: Conheça os 10 lugares mais lindos do mundo, segundo a ciência
Além de classificar os países, o relatório analisa a situação do mundo em 2023. E os resultados são promissores, segundo Lara Aknin, uma das coautoras do relatório. “Um insight que que considero particularmente interessante e animador tem a ver com a pró-socialidade. Pelo segundo ano, vemos que várias formas de gentileza cotidiana, como ajudar um estranho, doar para caridade e voluntariado, estão acima dos níveis pré-pandêmicos”.
Veja a seguir os 20 países mais (e os menos) felizes do mundo em 2023:
Os 20 países mais felizes do mundo em 2023
Finlândia
Dinamarca
Islândia
Israel
Holanda
Suécia
Noruega
Suíça
Luxemburgo
Nova Zelândia
Áustria
Austrália
Canadá
Irlanda
Estados Unidos
Alemanha
Bélgica
República Checa
Reino Unido
Lituânia
Os 20 países mais infelizes em 2023
Afeganistão
Líbano
Serra Leoa
Zimbábue
Congo
Botsuana
Malauí
Comores
Tanzânia
Zâmbia
Madagáscar
Índia
Libéria
Etiópia
Jordânia
Ir
Egito
Mali
Gâmbia
Bangladesh
Leia mais: As melhores e mais lindas cidades do mundo para se viver
*Com Laura Begley Bloom
O post Entre os países mais felizes do mundo em 2023, Brasil está em 49º apareceu primeiro em Forbes Brasil.