Entre o Fed e o Fisco, Ibovespa sobe mais de 2%

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Nesta quarta-feira (8), o Ibovespa teve uma alta de 2,22% a 106.540,32 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 25,6 bilhões. O pregão brasileiro destacava-se diante da persistente queda no exterior após o posicionamento rígido do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, sobre as altas de juros. A discussão sobre o novo arcabouço fiscal do governo segue no radar do mercado, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçando que a divulgação do projeto deve sair ainda em março.

Rodrigo Cohen, especialista da Escola de Investimentos, diz: “..tivemos uma boa notícia aqui no Brasil vinda da Simone Tebet, que comentou que o arcabouço fiscal, muito esperado pelo mercado, vai ser divulgado até o final do mês. E provavelmente isso vai ser antes da próxima decisão de taxa de juros aqui no Brasil sendo possível que os juros podem até começar a cair já na próxima divulgação.”

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O Ibovespa contou com fortes altas no dia, colocando em destaque a Locaweb (LWSA3), que subiu 11,76% a R$ 5,32, ampliando a recuperação desde que teve uma mínima intradia em quase três anos no começo do mês. Além disso, o grupo educacional Yduqs (YDUQ3) acumulou uma alta de 12,17% a R$ 7,56, e a Ecorodovias (ECOR3) subiu 9,76% a R$ 4,50, impulsionados pelo alívio nas curvas de juros.

Nos Estados Unidos, o posicionamento rígido de Jerome Powell durante a audiência pública de terça-feira (7) continua repercutindo negativamente nas negociações de Wall Street. Powell disse aos legisladores americanos que o Fed provavelmente precisará aumentar as taxas de juros mais do que o esperado, derrubando os principais índices de ações dos EUA. E hoje, a autoridade acrescentou que ainda não há decisão sobre o tamanho da alta dos juros de março.

Rachel de Sá, especialista da Rico, afirma: “Investidores seguiram com todos os olhos e ouvidos voltados para os movimentos do mercado de juros dos Estados Unidos, e seus impactos em bolsas e outros ativos financeiros. O propulsor da semana segue sendo o posicionamento do Presidente do Banco Central americano, em defesa de um aperto monetário duro na maior economia do mundo.”

O recuo da moeda norte-americana no exterior também contribuiu para a baixa do dólar ante o real, que fechou a sessão de hoje com uma baixa de 1,02%, a R$ 5,14. Alguns participantes do mercado que estavam muito “comprados” em dólar futuro (posicionados na alta da moeda) reduziram um pouco essas posições durante a sessão.

Na Europa, os mercados de ações tiveram resultados moderados conforme dados de emprego melhores do que o esperado nos EUA alimentaram preocupações com a retórica agressiva, enquanto investidores também avaliaram números de crescimento da zona do euro no quarto trimestre.

Na Ásia, os principais índices registraram perdas depois que declarações de Powell levantaram a possibilidade de o Fed voltar a grandes aumentos na taxa de juros para combater a inflação persistente. A intensificação das tensões entre China e EUA também pesou no sentimento do mercado.

(Com Reuters)

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