Há pouco mais de 2 anos que estamos percebendo o papel fundamental que a tecnologia passou a desempenhar na sociedade, permitindo que as empresas se readaptassem para sobreviver às condições imprevisíveis do mercado e às novas necessidades dos consumidores.
Mais do que isso, as inovações tecnológicas têm feito parte de quase todos os aspectos da nossa vida, tanto nos negócios como no cotidiano social e, consequentemente, tornando possível a continuidade de inúmeras empresas em suas jornadas de inovação e crescimento.
Essa, porém, pode não ser uma vantagem tão simples de ser atingida, e ainda há dúvidas sobre como readequar os negócios para as rápidas mudanças ocorridas nos últimos anos. Conversando com as altas lideranças das empresas, noto que a inovação do modelo de negócios mudou a forma como a tecnologia é percebida e implementada dentro das organizações.
Uma das saídas buscadas, tratando-se de tecnologia, foi a redução da complexidade de suas infraestruturas de TI, com o propósito de entregar inovação com mais agilidade e garantindo redução de custos. Por isso, as empresas estão cada vez mais adotando em TI uma abordagem de XaaS, ou Everything as a Service, (“tudo como um serviço”). Os benefícios de um modelo como serviço são claros: maior agilidade da equipe de TI, transformação digital simplificada e redução das cargas de trabalho de TI de baixo valor. Isso sem considerar o gerenciamento mais eficiente, simples e previsível dos custos de sua utilização, o que, em tempos de recessão, é sempre bem-vindo.
Essa nova abordagem na adoção de tecnologia permitiu construir e dimensionar negócios disruptivos. Sendo suportada pela computação em nuvem, que colocou o gerenciamento de dados altamente escaláveis e recursos avançados ao alcance das empresas. E essa tendência deve continuar crescendo.
De acordo com o estudo IDC Predictions Brazil 2023, 93% das empresas entendem que a otimização e redução dos custos de nuvem por meio de automação e pelo avanço do FinOps (gastos financeiros de infraestrutura) devem estimular os investimentos em provedores de serviços gerenciados, como Infrastructure as a Service (IaaS) e Platform as a Service (PaaS). A mesma IDC estima que os gastos com esses serviços vão avançar à marca de US$ 4,5 bilhões ao fim deste ano — um crescimento de 41% ante 2022.
Por essas razões, a tecnologia deixou de ser somente uma questão técnica dentro das companhias, cuja responsabilidade era voltada apenas para times especializados sob responsabilidade do Chief Information Officer (CIO). A TI passou a fazer parte do core estratégico das empresas e por isso, é de extrema importância que assim como todas as equipes, outros C-levels também participem das estratégias digitais. Isso significa que, mais do que entender sobre tecnologia, esses líderes precisam reconhecer suas empresas como negócios de tecnologia que são capazes de impactar o mercado e a sociedade como um todo a partir de suas inovações.
Luis Gonçalves é Presidente da Dell Technologies na América Latina.
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