Morreu na manhã de hoje (4) o cartunista e chargista Paulo Caruso, um dos maiores da história do país, aos 73 anos. A informação foi confirmada pelo hospital Nove de Julho, em São Paulo, onde o artista estava internado há um mês por complicações de um câncer no intestino.
Paulo José Hespanha Caruso nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949 e era irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista. Os dois começaram a desenhar desde muito cedo, aos quatro anos de idade, e seguiram uma carreira lado a lado.
Caruso iniciou sua vida profissional no final dos anos 1960, no jornal “Diário Popular”. Na década de 1970, foi para “O Pasquim”, ao lado de Millôr Fernandes, Jaguar e Ziraldo. Também colaborou com veículos como a “Isto É”, “Folha de S.Paulo” (onde publicou na Ilustrada por mais de 20 anos) e “Movimento”.
Conhecido pelas sátiras políticas e caricaturas de personalidades brasileiras, o trabalho mais recente de Paulo Caruso foi no progama Roda Viva, da TV Cultura. Sempre às segundas-feiras, sua última edição foi no dia 2 de janeiro deste ano, antes de ser internado.
Ao longo da carreira de mais de 50 anos, recebeu vários prêmios, entre eles o de melhor desenhista pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) em 1994.
“Paulo Caruso, querido, morreu. Grande herói do quadrinho brasileiro. Beijo, Paulo”, lamentou a cartunista Laerte Coutinho em seu perfil no Twitter. Vera Magalhães, jornalista apresentadora do porgrama da TV Cultura, também se pronunciou: “Descanse em paz e graça, Paulo Caruso. Obrigada por desenhar a história do Roda Viva. Que a família encontre conforto na lembrança e na obra gigantesca desse gênio brasileiro”
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