A Jaguar Land Rover surpreendeu o microcosmo do antigomobilismo brasileiro ao inaugurar uma clínica de restauração de veículos antigos. Dentro dos 60 mil metros quadrados da fábrica de Itatiaia (RJ), aberta em 2016 para montar Evoque e Discovery Sport, um cantinho de 900 metros quadrados havia sido reservado “para celebrar o passado de nossas marcas e dar um futuro glorioso aos veículos clássicos de nossos clientes”, como explicou a empresa.
Foi uma notícia extraordinária para um mercado onde 99% das fabricantes ignoram não apenas os veículos antigos – e, portanto, a própria história – mas, ainda mais inexplicável, um segmento que só em 2019 movimentou R$ 32,6 bilhões, de acordo com uma pesquisa socioeconômica encomendada pela FIVA (Federation Internationale Vehicules Anciens) e executada pela JDA Research.
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Praticamente todo tipo de serviço pode ser realizado em uma das seis baias individuais da Clínica de Restauração Jaguar Land Rover, de mecânica básica à funilaria, passando por customização e revitalização do interior. Processos de pintura são homologados pela matriz, garante a companhia.
“Tudo depende de cada carro. Por exemplo: se o chassi estiver muito avariado, solicitaremos a troca do mesmo e regularização com os órgãos de trânsito. Tudo é possível dependendo do bolso do cliente”, esclarece Wiliam Oliveira, gerente da clínica.
“O local foi estrategicamente pensado de modo que podemos contar com toda a estrutura e a experiência de nossa fábrica e oferecer um serviço com peças originais e genuínas da marca Jaguar Land Rover”, complementa Oscar Neto, diretor da fábrica.
O primeiro veículo restaurado pela operação foi um Defender 110 produzido em 1996.
Dois anos depois, a oficina tem no currículo a reforma ou restauração de nove unidades do Defender e de um Range Rover Sport. Com tempo de espera de aproximadamente um ano, há hoje 18 carros na fila e outros 12 em processo de avaliação e aprovação de orçamento. “Estamos agora finalizando os testes de qualidade de mais três carros para entrega final, todos contemplando uma entrega VIP aos clientes”, conta Oliveira.
Nos próximos meses a clínica passará a atender também as linhas Discovery e Freelander. “Com isso, a ideia é ampliar a oferta de peças e certificados de autenticidade para mais clientes”, explica o gerente da clínica. Cursos teóricos também estão nos planos.
Não é um serviço barato, naturalmente: “temos uma restauração cujo orçamento está beirando R$ 1 milhão”, revela Oliveira.
A mais cara nesses dois anos, de um Defender 90, custou R$ 350 mil.
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