Ações de exportadoras fazem Ibovespa abrir em alta

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Após uma desvalorização de 7,5% no acumulado de fevereiro, o Ibovespa começa março em alta, com avanço de 0,45% na abertura do pregão, a 105.405 pontos. O principal impulso para a bolsa paulista vem da divulgação de dados positivos sobre a atividade econômica na China.

O índice PMI chinês de atividade industrial saltou de 49,2 pontos em janeiro para 52,6 pontos em fevereiro – o consenso esperava uma expansão para 50,5 pontos. Trata-se da primeira expansão em sete meses e do melhor resultado desde 2012. Neste índice, valores abaixo de “50” equivalem à retração da atividade, enquanto a pontuação acima de “50” significa expansão.

Com a divulgação do PMI, a bolsa de Hong Kong disparou 4,21%. O minério de ferro interrompeu a correção e avançou 2,42%, negociado a US$ 131,64. Em comentário aos clientes, a Ativa Investimentos observou que o avanço do PMI dá subsídios para o mercado voltar a acreditar que a China conseguirá atingir sua meta de crescimento anual.

A notícia é um suporte importante para o Ibovespa hoje, visto que poderá impulsionar as negociações das ações de exportadoras, em contraste com o momento ruim para as ações das petroleiras.

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Ontem (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a retomada dos impostos sobre os combustíveis. A partir de hoje, a gasolina será taxada em R$ 0,47 por litro e o etanol R$ 0,02 por litro. Ambos os valores representam uma reoneração parcial, já que antes da isenção os valores eram de R$ 0,69 e R$ 0,24, respectivamente.

Entretanto, como a decisão foi pela cobrança parcial dos impostos sobre os combustíveis, o governo optou pela criação de um segundo imposto para conseguir fechar a conta dos R$ 28,9 bilhões esperados de arrecadação.

A nova taxa será cobrada na exportação de petróleo “cru” (não refinado), uma alíquota de 9,2%. Com isso, o governo espera arrecadar R$ 6,6 bilhões.

A notícia foi ruim para as petroleiras, principalmente para a PetroRio (PRIO3) e a 3R Petroleum (RRRP3), que são apenas exportadoras e não refinam o petróleo como a Petrobras. Ontem, a queda no Ibovespa foi de -3,48% para PETR4, -4,39% para PETR3, -9,04% para PRIO3 e -6,97% para RRRP3.

Nesta manhã, a cotação do petróleo no mercado internacional está em queda, com o barril Brent negociado a US$ 83,27, o que não é favorável para as ações das petroleiras também. Analistas estimam que o imposto criado pelo governo deverá prejudicar em 1% o lucro da Petrobras.

Em Wall Street, os índices futuros operam em alta, após um fevereiro negativo para as três principais bolsas. O Dow Jones liderou as perdas, com queda de 4,19%. O S&P 500 perdeu 2,61% e o Nasdaq caiu 1,11%.

Investidores seguem atentos aos indicadores econômicos. Dados do mercado de trabalho reforçam a resiliência da economia norte-americana mesmo com as últimas altas dos juros. Em paralelo, a inflação persiste e reforça o discurso do banco central de taxas restritivas por mais tempo e mais elevações nos próximos meses.

Hoje, por volta das 10h (horário de Brasília), o índice futuro do Dow Jones subia 0,20%, do S&P 500 tinha alta de 0,23% e do Nasdaq avançava 0,34%. O dólar à vista registrava queda de 0,50% no mesmo horário, a R$ 5,1984.

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