Veterinária tira dúvidas sobre vacinação em pets

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A vacinação dos pets é tão importante quanto a dos seres humanos. Afinal, a longevidade do animal está diretamente ligada com a sua qualidade de vida, que inclui uma alimentação balanceada, a prática de exercícios, além de uma rotina livre de doenças evitáveis, que podem levar a sérias complicações de saúde.

“É primordial levar os pets, ainda enquanto filhotes, ao médico-veterinário, para que o profissional possa estabelecer o calendário vacinal e definir o protocolo de vacinação mais adequado para o animal. A imunização do pet reflete, também, em seus tutores, já que algumas doenças comuns nos animais podem ser transmitidas aos humanos”, afirma Gisele Starosky, veterinária da rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária Fórmula Animal.

Porém, mesmo sabendo da importância de vacinar seus cães e gatos, muitos tutores ainda têm dúvidas sobre esse processo. Para esclarecer as questões mais comuns, Gisele preparou um guia sobre o assunto. Confira:

1. Como funciona o calendário vacinal de um animal? Há diferenças entre as espécies e raças?

Sim, há diferenças entre cães e gatos, mas não entre raças. O calendário de vacinação pode variar de acordo com o fabricante da vacina ou de acordo com o protocolo escolhido pelo médico veterinário através da avaliação do animal. De forma geral, a recomendação da primeira dose em filhotes é a partir de 6 a 8 semanas de idade, com reforços em intervalos definidos pelo veterinário. 

2. Por que vacinar o animal ainda enquanto filhote?

Como os filhotes ainda estão em desenvolvimento, eles não possuem imunidade natural contra muitas doenças. Por isso, é importante que eles adquiram essa imunidade por meio da vacinação, antes que possam contrair as doenças. A vacinação ajuda a proteger os filhotes contra patologias importantes nessa idade, como a cinomose e a parvovirose, por exemplo. 

3. A quem o tutor deve confiar o calendário de vacinação do pet?

Sempre a um médico-veterinário, já que somente ele é capaz de avaliar o animal e definir o melhor protocolo de vacinação para o pet. 

4. Qual a diferença entre vacinas essenciais e não essenciais?

As vacinas essenciais são aquelas consideradas necessárias para todos os cães e gatos, com administração em intervalos recomendados e que são capazes de fornecer proteção contra doenças infecciosas que podem ser contraídas em qualquer lugar. Já as vacinas não essenciais são aquelas que somente serão recomendadas por meio de uma avaliação prévia da necessidade de administrá-las, sendo aplicadas somente em casos específicos. 

5. Há cuidados além das vacinas que podem ajudar na manutenção da saúde dos pets?

Além das visitas periódicas ao médico-veterinário, é importante que o tutor sempre esteja atento a administração de vermífugos, antipulgas e carrapaticidas, que também deve ser uma orientação do veterinário do animal. 

6. Como lidar com o medo que os pets têm de ir ao veterinário e de se vacinar?

É importante acostumar o animal desde filhote à caixinha de transporte, aos passeios no carro e às visitas ao veterinário, sempre recompensando o pet com petiscos e brincadeiras. Além disso, podemos recorrer aos florais formulados para medo e/ou ansiedade, à aromaterapia, por meio do uso de óleos essenciais compropriedades calmantes e relaxantes e, em casos mais graves, aos medicamentos calmantes prescritos. Lembrando que todas essas alternativas devem sempre orientações do médico-veterinário. 

7. É verdade que imunizar os pets significa proteger também a si próprio? Por quê?

Sim, a vacinação também é importante para a saúde pública, já que algumas doenças dos animais, como a raiva, podem ser transmitidas aos humanos.

8. Quais são as principais vacinas para cães e gatos?

São aquelas com proteção múltipla, chamadas de polivalentes, como a V8 e V10 para cães e a tríplice ou quádrupla para gatos. Além disso, a vacina antirrábica, que protege contra a raiva, também é importante para cães e gatos.

A decisão sobre quais vacinas são apropriadas para o animal deve ser feita pelo médico-veterinário, que levará em consideração alguns fatores como o estilo de vida do animal e seu risco de exposição às doenças. 

9. As vacinas costumam ser em dose única ou necessitam de reforço periódico?

Deve haver reforço periódico. Em alguns casos, o veterinário pode sugerir titulação sorológica para avaliação da imunidade do animal, decidindo, assim, a necessidade de reforço da vacina em questão. 

10. Existem efeitos colaterais à vacina?

Nenhuma vacina é totalmente livre dos riscos e efeitos adversos. Esses efeitos podem variar entre locais ou sistêmicos, dependendo da resposta de cada animal. Por isso, é necessário enfatizar a importância da avaliação pelo médico-veterinário antes da aplicação das vacinas.

11. Existe alguma mudança no comportamento dos animais após a vacina?

Alterações no comportamento podem variar de animal para animal, mas é comum que os animais fiquem mais quietos ou com sensibilidade no local da aplicação. Em casos de febre, vômito, diarreia ou reações mais graves, é importante procurar o veterinário para que ele avalie o animal e, caso seja necessário, entre com o tratamento adequado. 

12. Depois da vacina, é possível dar banho no pet?

É importante evitar qualquer tipo de situação de estresse após a vacinação, já que o estresse é um fator que pode atrapalhar a imunidade do pet. Portanto, caso o pet fique estressado com banhos, essa não é uma boa ideia.

13. Quais os cuidados necessários depois da vacinação do pet?

Deve-se seguir a rotina normal do pet, apenas observando-o caso haja alguma alteração em seu comportamento. Porém, é importante lembrar que, no caso dos filhotes, passeios na rua e o contato com outros animais só devem ocorrer após o pet receber todas as doses vacinais necessárias para adquirir imunidade. Dessa maneira é possível evitar o contato com doenças infecciosas antes de o sistema imunológico estar preparado.

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