Mudança de mindset, quebra de paradigmas, processos de melhoria e avaliação contínua. Esses são termos que permeiam o dia a dia das empresas e que, às vezes, acabam banalizados. Para a operadora de saúde Care Plus, no entanto, esses conceitos foram essenciais para consolidar uma transformação na companhia e comprovar sua eficácia, por meio de uma estratégia que aliou crescimento, agilidade e sustentabilidade, exercitando um novo olhar para a cultura e para os processos.
Capitaneado por Cibele Cardin, diretora de tecnologia da informação (TI) da Care Plus, o processo de transformação para a cultura ágil é considerado um
case de sucesso internacional. A operadora, líder no segmento premium e que faz parte do grupo britânico Bupa – presente em mais de 190 países –, viu uma redução de até 35% nos prazos de entrega de projetos, com aumento de funcionalidade de até 283%.
“É uma transformação da empresa inteira”, explica Cibele. Segundo a executiva, a incorporação da cultura ágil em qualquer organização exige um “equilíbrio perfeito” entre três pilares: processos, ferramentas e pessoas – sendo o último a peça fundamental para o funcionamento dessa engrenagem. “É muito mais complexo do que implementar um framework ou um software. Se as pessoas não exercitarem esse olhar aberto para a melhoria contínua, o processo não roda”, pontua.
A operadora passou a investir continuamente na capacitação de seus profissionais, incluindo as lideranças, por meio de treinamentos para a implementação de ferramentas e indicadores que contribuíram para que essa nova cultura fosse, de fato, colocada em prática. “O processo de melhoria e avaliação contínua preconiza um ambiente favorável e seguro para experimentação e feedbacks constantes”, diz a diretora de TI, ao analisar a importância de modificar o olhar sobre os problemas que surgem ao longo dos processos. “Esse é um grande desafio, pois culturalmente somos levados a acreditar que o erro é sempre algo negativo e que deve ser evitado a qualquer custo. A mentalidade ágil busca reforçar um olhar positivo para o erro, como oportunidade de aprimoramento e aprendizado.”
O apoio das lideranças nessa jornada foi fundamental para a evolução das equipes. O processo foi gradual e, conforme os resultados surgiram, captou entusiastas dentro da Care Plus. Para isso, os times foram estruturados para integrar colaboradores das áreas de TI aos desafios de negócio, o que contribuiu positivamente para gerar fluidez na dinâmica dos times.
Em um movimento integrado, a companhia passou gradualmente a operar priorizando a mentalidade ágil em todos os processos, incorporando as lições da metodologia. “Na maioria das empresas, o cenário mais comum é a TI ser a responsável por implementar a tecnologia e começar a trabalhar na cultura ágil, para em seguida isso ser cascateado para as demais áreas de negócio. Nós fizemos o caminho inverso: engajamos o usuário no conceito ágil desde o início da jornada, o que fez com que as pessoas enxergassem o valor da metodologia para o seu dia a dia e se tornassem verdadeiras entusiastas da mudança, despertando a atenção e o engajamento das demais áreas, em um movimento muito mais orgânico e efetivo.”
Uma diretriz global da Bupa é ter 90% dos seus sistemas produtivos em nuvem até novembro de 2023, oferecendo maior escalabilidade à operadora. O nível
alcançado pelo projeto atraiu um comitê da Bupa, que visitou o escritório da Care Plus e acompanhou de perto a iniciativa de agilidade organizacional, qualificando-a como case global de sucesso.
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