5 formas de jovens mulheres superarem barreiras de gênero

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Jovens mulheres precisam construir redes de contato com outras colegas e também em espaços diferentes com pessoas de diversas idades e gênero

Em todos os países do mundo, as mulheres enfrentam barreiras de gênero para ter sucesso na carreira. Em 2022, o Fórum Econômico Mundial estimou que levará 132 anos para acabar com a desigualdade de gênero.

Os obstáculos vêm cedo, com meninas sem acesso à educação e sem itens menstruais em muitos lugares. No trabalho, enfrentamos dificuldades que vão desde estereótipos negativos como “mulheres não são boas com computadores” até a falta de acesso a espaço, tecnologia e capital financeiro (em 2021, as mulheres receberam apenas 2% do financiamento total de capital de risco).

Globalmente, as mulheres têm, em média, apenas 3/4 dos direitos dos homens. E, infelizmente, a pandemia só serviu para agravar essas desigualdades.

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Ex-embaixadora da ONU e cofundadora da Aliança Financeira Global para Mulheres, Amanda Ellis agora atua como diretora sênior do Global Futures Lab Julie Ann Wrigley na Arizona State University. Inspirada pela visão da fundadora, a filantropa Julie Wrigley, o Global Futures Lab visa moldar um futuro mais justo por meio de mais de 30 centros de pesquisa fundamentados tanto em sabedoria indígena quanto nas mais recentes inovações tecnológicas. O laboratório é totalmente transdisciplinar.

Ellis foi a primeira mulher a liderar a agência de desenvolvimento da Nova Zelândia e se tornar embaixadora para mulheres e meninas. No Banco Mundial, criou o Projeto Mulheres, Empresas e Direito, que chamou a atenção para a discriminação de gênero em todo o mundo. Além disso, escreveu dois best-sellers sobre mulheres nos negócios e é coautora do Índice de Igualdade de Género e Governança.

5 dicas para quebrar barreiras de gênero

Ellis dá alguns conselhos para mulheres e meninas que enfrentam barreiras de gênero ou têm dificuldade em se ver em papéis de liderança.

1.Reconheça que você não é o problema

“Quando você encontra uma barreira por ser mulher. Pode pensar que você é o problema quando, na verdade, o sistema é. Precisamos consertar o sistema, não as mulheres.”

2. Tenha mentores

“Sempre recomendo às jovens que criem um relacionamento estruturado de mentoria com prazo determinado. Em vez de fazer um pedido aberto a uma pessoa ocupada para “ser seu mentor”, pergunte: “Você poderia falar comigo sobre sua carreira em 3 sessões de 15 minutos cada nos próximos 2 meses?” A maioria das pessoas não recusará esse pedido.”

3.Crie uma rede de colegas e/ou amigos que pensam da mesma forma

“E que também podem atuar como confidentes – uma rede de pares de apoio moral mútuo.”

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4.Envolva-se em redes fora da sua zona de conforto

“Nunca vou esquecer o CEO da Bolsa de Valores da Austrália me dizendo que havia poucas mulheres nos conselhos porque elas simplesmente não eram visíveis para os tomadores de decisão. Se coloque nos lugares. Se você não sair da sua zona de conforto, nunca vai ter mudanças. Associações industriais, clubes de serviços como Rotary e novos grupos empresariais são ótimas oportunidades para ampliar sua rede.”

“Se você é pai ou mãe de uma menina, pode incentivá-la a começar a fazer isso já no ensino médio. Por exemplo, sugira que ela participe de um time de futebol misto, do grupo de debate ou robótica – tradicionalmente dominados por homens –, ou se voluntarie para uma atividade com um grande grupo para conhecer pessoas de diferentes idades, gêneros e interesses.”

5. Diga sim a novas oportunidades e assuma riscos calculados

“Eu me casei com um americano durante a Guerra do Golfo, e me mudei para Washington por conta da carreira dele. Isso me levou a cargos incríveis no Banco Mundial, coisas que eu nunca poderia imaginar. A campanha da Nova Zelândia para o Conselho de Segurança da ONU levou a uma mudança para Genebra como embaixadora nas Nações Unidas e enviada especial do primeiro-ministro. Eu estava muito relutante em ir, mas a experiência foi inesquecível. Mais recentemente, conhecer Julie Wrigley foi uma mudança de vida para mim em muitos níveis. Nunca imaginei trabalhar com uma filantropa ou em uma universidade, então levei tempo para reajustar minha perspectiva.”

MeiMei Fox é colaboradora da Forbes USA. Ela é autora de best-sellers e especialista em saúde e psicologia.

(traduzido por Fernanda de Almeida)

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