Precisamos falar (ainda) sobre tabagismo e câncer

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O INCA (Instituto Nacional de Câncer) concluiu que o Brasil gasta bilhões por ano para tratar as doenças e incapacitações relacionadas ao tabagismo.

Entre estas doenças, podemos incluir milhares de casos de câncer de pulmão, tumores de cabeça e pescoço, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemia, além de condições cardiovasculares, respiratórias, entre outras, que causam grande impacto na qualidade de vida do paciente.

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Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde sobre tendências globais do tabaco revelou que existem mais de 1,3 bilhão de usuários das diversas formas de consumo da substância no mundo. A OMS estima que a grande maioria, 80% deles, vivam em países de baixa e média rendas.

O cigarro continua sendo um dos principais fatores de risco para doenças crônicas evitáveis. Pelo menos 80% dos casos de câncer de pulmão são causadas pelo fumo e muitas outros são provocados pela exposição ao fumo passivo.

Temos, também, que entender melhor as novas formas de uso do tabaco, como os cigarros eletrônicos, por exemplo, para esclarecer os malefícios e conscientizar sobre possíveis problemas de saúde que seu consumo possa causar. E, assim, precisamos manter as políticas públicas que há décadas têm tido êxito aqui no Brasil, para diminuir o número de fumantes.

Uma dúvida recorrente é o tempo para que o ex-fumante tenha diminuído o risco de desenvolver um câncer. Estima-se que, para se igualar a alguém que nunca fumou, este período possa ser de 15 a 20 anos.

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Mas o importante é a decisão e o estímulo para largar o cigarro. A adoção de um hábito saudável tem inúmeras repercussões. Os benefícios são imediatos e aumentam ao longo do tempo, não só para o risco de câncer, mas para o coração, sistema respiratório e a saúde global.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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