O mercado voltou a elevar suas projeções para a inflação brasileira neste ano e no próximo, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central nesta quarta-feira (22), mas as estimativas para o patamar dos juros básicos permaneceram inalteradas para ambos os períodos.
A publicação da sondagem do BC, que geralmente acontece nas manhãs de segunda-feira, foi adiada para a tarde desta Quarta-Feira de Cinzas devido ao Carnaval.
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Segundo o mais recente levantamento Focus, economistas esperam agora que o IPCA suba 5,89% em 2023, contra taxa de 5,79% estimada na semana anterior. Essa foi a décima elevação consecutiva dos prognósticos de inflação do Brasil para este ano, que veio após recentes pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados por um aumento da meta oficial de inflação a ser perseguida pelo Banco Central.
Para 2024, também houve ligeiro aumento nas expectativas para o ritmo de alta dos preços, a 4,02%, ante 4,00% na pesquisa anterior. Esse foi o quinto aumento seguido da previsão do ano que vem.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024, é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em relação à taxa básica de juros, os analistas consultados pelo BC mantiveram a perspectiva de que a Selic encerrará este ano em 12,75% e o seguinte em 10,00%. Na semana anterior, os economistas haviam elevado as projeções para a taxa básica de juros para ambos os períodos, em meio a pressões inflacionárias e ao embate entre governo e BC sobre a condução da política monetária. Atualmente a taxa básica de juros está em 13,75% ao ano.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou ligeiramente, a 0,80%, de 0,76% na semana anterior. Para 2024 segue em 1,50% pela oitava semana seguida.
A projeção no Focus para o patamar da taxa de câmbio permaneceu em 5,25 para o final deste ano, mas caiu a 5,29 para 2024, contra 5,30 estimados anteriormente.
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