Você se lembra da novela “A Padroeira”, que foi ao ar na faixa das 18h na TV Globo entre 2001 e 2002? Inspirada em “As Minas de Prata”, de José Alencar, a produção se passava em 1717 e contou a história de Cecília de Sá (Deborah Secco) e Valentim Coimbra (Luigi Baricelli) e seu amor impossível, além de abordar a batalha dos pescadores de uma vila para que o culto a Nossa Senhora Aparecida fosse reconhecido após uma imagem sua ser encontrada no rio.
O que você talvez não saiba é que a narrativa de “A Padroeira” passou por grandes reformulações durante a sua produção, motivadas pelo falecimento do diretor da novela, Walter Avancini. Ele saiu da produção meses após o seu início para tratar um câncer na próstata, porém não resistiu e acabou morrendo antes do fim da novela.
Mudanças em “A Padroeira”
Depois da morte de Walter Avancini, Walcyr Carrasco e Roberto Talma passaram a comandar a produção. Com isso, “A Padroeira” passou por várias reformulações em suas tramas e personagens. A intenção dessas mudanças, no geral, era deixar a novela mais leve e tentar alcançar uma maior audiência.
Assim, se você assistiu à novela, pode ter notado que, em certo momento da trama, o tom da produção mudou, deixando de ser tão sóbrio. Com isso, cenários e figurinos, por exemplo, ganharam mais cor.
Além disso, a produção cortou vários personagens (13 no total), enquanto novos núcleos surgiram. Faustino (Rodrigo Faro), Dorotéia (Susana Vieira), Agnes (Ana Paula Tabalipa), Antonieta (Giulia Gam), Honorato (Taumaturgo Ferreira), Inocêncio (Jandir Ferrari), padre Gregório (Daniel de Oliveira) e frei Tomé (Felipe Camargo) foram alguns dos personagens que surgiram na história a partir daí.
Outros personagens, que já faziam parte de “A Padroeira”, tiveram suas personalidades reformuladas. Imaculada (Elizabeth Savala), por exemplo, passou a ser uma vilã mais caricata e um pouco menos amargurada. Enquanto isso, Cecília substituiu sua natureza sonhadora por uma personalidade mais forte.