Carnaval é sinônimo de muita festa, dança e curtição, mas para se divertir com segurança é preciso ter atenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que são muito comuns nesta época do ano.
“Esse é um período que muitos aproveitam para relaxar e curtir. Não é incomum muitos viverem relações íntimas mais casuais, compartilharem copos e talheres para experimentar uma comidinha ou um bom drink, por exemplo. Mas é importante ressaltar que sempre, ao longo de todo ano e principalmente neste momento, é preciso tomar cuidado”, alerta a médica infectologista Cristiana Meirelles.
As ISTs, como clamídia, HPV, gonorreia e sífilis, são enfermidades causadas pela transmissão de vírus e bactérias por via oral, vaginal ou anal. A AIDS, por exemplo, ocorre por meio da infecção do vírus HIV. Porém, nem sempre a infecção deste vírus resultará no desenvolvimento da doença.
Como prevenir ISTs
A principal forma de se prevenir contra as ISTs é utilizando preservativo em todas as relações sexuais — independentemente da forma de contato — e evitando o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como copos, talheres e seringas. É importante também ter cuidado com o beijo e o risco de contrair doenças como herpes e mononucleose.
Contudo, a médica afirma que não é preciso alarde. Aqueles que possuem alguma doença ou infecção por vírus e bactérias, sem mesmo desenvolver algum sintoma, não devem, de forma alguma, serem excluídos da sociedade, sem poder aproveitar as festividades e trocas de afeto com outras pessoas.
“No caso da AIDS, por exemplo, a saliva da pessoa não possui uma carga viral suficiente para infectar o outro. Abraços e carinhos também são sempre bem-vindos e não geram nenhum risco para ninguém. Mas reforço: relações sexuais, independentemente se tem alguma infecção ou não, sempre com proteção”, completa. A seguir, a especialista elencou 4 dicas para se prevenir das infecções sexualmente transmissíveis.
1. Faça exames periódicos e cheque sua saúde
Seja para prevenção ou cuidados, o checkup é imprescindível para manter-se saudável e com boa qualidade de vida. Muitas vezes, as ISTs são silenciosas e levam um tempo até manifestarem sintomas. Em outras, são assintomáticas. Mas o cuidado consigo mesmo e com o próximo para evitar novas infecções é um pacto social importante.
2. Esteja com as vacinas em dia
Algumas ISTs como o HPV já possuem vacinas disponíveis para aumentar a barreira protetora no organismo. A doença, inclusive, pode ser precursora de outras enfermidades, como câncer de colo de útero, que pode se desenvolver até 15 anos após o primeiro contato com o vírus.
A vacinação está disponível tanto no SUS quanto em redes privadas. Na rede pública, a vacina é aplicada em meninos e meninas de 9 a 14 anos e pessoas com determinadas condições clínicas de 9 a 45 anos. Enquanto na rede privada, a janela aumenta para até 45 anos para mulheres e até 26 anos para homens, podendo ultrapassar essa faixa etária dependendo da indicação médica.
3. Relações sexuais sempre com camisinha
Há quem acredite que a camisinha sirva apenas como um método contraceptivo e que pode ser substituída por pílulas ou dispositivos como o DIU. No entanto, a proteção segue sendo um dos métodos mais eficazes contra as ISTs, que são transmitidas com troca de fluidos em regiões mucosas, como a vagina e o ânus. Portanto, é de suma importância colocá-la desde o início do ato sexual.
4. Contraí uma IST. E agora?
O tratamento para uma IST varia de acordo com a enfermidade, pois cada caso é um caso. Converse com seu médico e entenda quais as melhores medidas para cuidar de sua saúde daqui para frente. Adquira cuidados redobrados e tenha sempre um jogo aberto com o seu (sua) parceiro (a). Com proteção, conversa e cuidados regulares, é possível levar uma vida sadia e feliz.