O parlamento espanhol aprovou ontem (16) uma legislação que permite que profissionais que sofrem com ciclos menstruais dolorosos ou intensos tirem licença remunerada nesse período.
A lei diz que se trata de uma incapacidade temporal que poderá ser solicitada por um médico, mas o texto não estabelece uma quantidade limite de dias.
A Espanha é o primeiro país da Europa a introduzir esse tipo de licença remunerada, que já foi adotado no Japão, Indonésia e Zâmbia. A nova lei espanhola faz parte de um pacote mais amplo de direitos sexuais e reprodutivos no país.
Segundo a Sociedade Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia, um terço das mulheres têm dismenorreia, ou dores e cólicas fortes durante o período menstrual – a causa número um de faltas à escola e ao trabalho para mulheres com menos de 25 anos nos Estados Unidos. Uma pesquisa com mais de 30 mil mulheres descobriu que 80% tiveram queda na produtividade no trabalho como resultado de seus ciclos menstruais e que essa perda totalizou mais de 23 dias por ano.
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