Os preços do açúcar bruto devem recuar até o final deste ano, depois de um pico de seis anos no início de fevereiro, já que a produção provavelmente aumentará principalmente no centro-sul do Brasil, mostrou uma pesquisa da Reuters com 11 traders e analistas na terça-feira (14).
Os contratos futuros de açúcar bruto na bolsa ICE devem encerrar 2023 em 18,50 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 12% em relação ao fechamento de segunda-feira (13), de acordo com a previsão mediana da pesquisa.
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As cotações do açúcar branco ICE devem terminar este ano em US$ 520 por tonelada, queda de 7% em relação ao fechamento de segunda-feira (13).
O consenso da pesquisa foi de um superávit global de 4,2 milhões de toneladas para a temporada 2023/24 (outubro a setembro), contra um superávit de 3,25 milhões de toneladas esperado no atual ano-safra.
“O principal fator (em 2023) será o tamanho da safra brasileira, e quanto dela pode ser exportada em tempo hábil devido à concorrência com a safra de grãos pela logística”, disse o analista independente Claudiu Covrig, citando gargalos logísticos.
O consenso da pesquisa é para uma recuperação da produção de açúcar do centro-sul do Brasil para 36,15 milhões de toneladas em 2023/24 (abril a março), contra 33,5 milhões de toneladas até agora em 2022/23, após o clima positivo e as usinas alocarem uma grande quantidade de cana para produzir o adoçante , comparado ao etanol, já que as políticas atuais no Brasil não estão favorecendo o biocombustível.
A previsão mediana é de um mix de açúcar (alocação de cana) de 46%, ainda maior do que atualmente.
“A política de preços da Petrobras será fundamental”, disse o analista da Czarnikow, Stephen Geldart, referindo-se às incertezas em relação aos preços dos combustíveis no Brasil sob o novo governo.
Com a maior produção brasileira e uma safra indiana vista estável, mas em patamar elevado, os entrevistados esperam um superávit global de 4,2 milhões de toneladas em 2023/24 contra 3,25 anteriormente.
Um possível caos logístico no Brasil é um fator que pode mudar a visão comum de queda de preços.
“Eles vão lutar para exportar grandes safras de milho, soja e açúcar. O congestionamento em Santos e Paranaguá pode restringir a capacidade de carregar açúcar bruto nos níveis de pico que o mercado pode exigir”, disse um corretor europeu.
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