Após lançar seu décimo álbum de estúdio, Midnights, em outubro de 2022, Taylor Swift se tornou a primeira artista da história a reivindicar os dez primeiros lugares na lista de músicas da Billboard Hot 100. Um mês depois, 14 milhões de fãs leais tentaram comprar ingressos para a turnê Eras 2023 da 12 vezes vencedora do Grammy, sobrecarregando o sistema da Ticketmaster e provocando uma reação maciça contra o site de ingressos, com o Departamento de Justiça abrindo uma investigação antitruste.
Apesar do sucesso de Midnights e da antecipação da turnê Eras (que sugere um 2023 ainda melhor), a ícone pop obteve a maior parte de seus US$ 92 milhões (R$ 479,74 milhões) em ganhos com as músicas que ela lançou nos últimos anos. O catálogo da cantora de 33 anos representava cerca de 70% de seu salário, incluindo lucros de streaming e vendas de álbuns. Foi o suficiente para colocá-la em 9º lugar entre os dez artistas mais bem pagos; é a sexta vez que ela é listada, em 2019 ficou em primeiro lugar.
A Universal Music Group, que obtém 3% de sua receita com as músicas de Swift, vendeu US$ 50 milhões (R$ 260 milhões) em álbuns físicos em 2022, de acordo com um relatório de analista do JP Morgan.
Por melhor que tenha sido o ano de Taylor Swift, foi ainda melhor para várias estrelas do rock bem mais velhas. Os Rolling Stones arrecadaram US$ 98 milhões (R$ 511 milhões) com seus sucessos e comemorando 60 anos juntos em sua turnê European Sixty no ano passado.
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Genesis e Sting se saíram melhor ainda. Embora não com as avaliações impressionantes vistas nos negócios de US$ 500 milhões (R$ 2,60 bilhões) de Bob Dylan ou Bruce Springsteen, ambos venderam o trabalho de suas vidas por US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão) cada, mostrando que os investidores ainda veem a música popular com grandes acervos como uma aposta segura.
O Genesis atingiu esse valor mesmo com o acordo excluindo o trabalho do ex-membro Peter Gabriel. A banda até derrotou o ex-líder do The Police (que os fãs mais jovens podem conhecer melhor por sua participação em Only Murders In The Building, do Hulu, ao lado de Selena Gomez), graças a uma infusão estimada de US$ 27 milhões (R$ 140,79 milhões) da turnê – o suficiente para ganhar o primeiro lugar na lista pela primeira vez.
Existem muitos outros sinais de que a indústria do entretenimento gosta de coisas certas. Trinta e quatro anos depois que Os Simpsons foi ao ar pela primeira vez, dois criadores da família amarela favorita da América estrearam no 5º lugar, graças a um acordo de streaming de 2019 que migrou todas as 30 temporadas para o Disney + e colocou US$ 105 milhões (R$ 547,53 milhões) não declarados em seus bolsos anualmente.
E James Cameron, o diretor contra o qual você “nunca apostou”, voltou ao Top 10 depois de 12 anos afastado. Sua sequência de Avatar, O Caminho da Água, e seus seres de pele azul deram uma revitalizada ao voltar às bilheterias. Ainda nos cinemas, arrecadou mais de US$ 2,1 bilhões (R$ 10,95 bilhões) até agora desde seu lançamento em dezembro.
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Os artistas de bilheteria tiveram uma vida mais difícil. Os únicos no Top 10 são Tyler Perry e Brad Pitt, que ganharam a maior parte de sua renda fora das telas. Pitt, que apareceu pela última vez entre os dez primeiros em 2009, vendeu uma participação majoritária em sua produtora Plan B para o conglomerado de mídia europeu Mediawan em um acordo de dezembro que avaliou o negócio em US$ 300 milhões (R$ 1,56 bilhão). Seus papéis em Trem Bala, Babilônia e Cidade Perdida representaram um terço estimado de sua renda.
O único verdadeiro recém-chegado à lista deste ano é o rapper porto-riquenho Bad Bunny, que vendeu US$ 400 milhões (R$ 2,08 bilhões) em ingressos para suas duas turnês – a primeira na primavera e a segunda no outono americanos, quando também se apresentou na América Latina. Os dados são do rastreador de shows Pollstar.
Sua segunda turnê, apelidada de The World’s Hottest, foi cara. Foram necessários de 35 a 40 caminhões para transportar equipamento e equipe de um local para outro nos Estados Unidos e, em seguida, usaram três aviões – incluindo um jato de carga 747 – para transportar tudo para a turnê latino-americana, disseram fontes com conhecimento da turnê. Esse tipo de espetáculo pode ter ajudado nas vendas, mas significou menos dólares no bolso da estrela. Incluindo patrocínios, Bad Bunny ganhou US$ 88 milhões (R$ 458,88 milhões).
Ao todo, os maiores ganhadores deste ano arrecadaram US$ 1,35 bilhão (R$ 7,04 bilhões), metade do Top 10 do ano passado, que incluiu Jay-Z, Kanye “Ye” West e Bruce Springsteen. Apenas dois apareceram em ambas as listas: Tyler Perry e os criadores de South Park, Trey Parker e Matt Stone.
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