Analistas do Morgan Stanley reiteraram recomendação de “overweight” para as ações da JBS, Minerva e Marfrig, enquanto elevaram BRF para “equal-weight”, conforme relatório do setor de proteínas enviado a clientes nesta segunda-feira (13).
Ricardo Alves e equipe afirmaram que continuam a ver um cenário de oferta e demanda apertado para a carne bovina, bem como esperam preços e margens mais elevados por mais tempo. Também esperam que os preços nos Estados Unidos devem se “comportar melhor”.
Ainda assim, cortaram os preços-alvo de três das quatro ações –JBS passou de R$ 77 para R$ 35, Marfrig passou de R$ 26 para R$ 12 e BRF passou de R$ 13,50 para R$ 10.
Em relação a BRF, Alves e equipe citaram que a tese anterior de “underweight” para as ações era apoiada principalmente na forte concorrência no mercado brasileiro, margens internacionais de aves mais baixas e contínuo consumo de caixa em 2022.
Eles avaliam que a sua tese foi confirmada, mas que diante do desempenho do papel bem abaixo da performance do Ibovespa nos últimos 12 meses “é hora de respirar”. Eles ressaltam que grandes desafios estruturais e cíclicos permanecem, mas há uma transformação em vigor.
Às 12:05, BRF ON subia 5,76%, a 6,79 reais, JBS ON avançava 3,56%, a R$ 19,51, Marfrig ON valorizava-se 1,81%, a R$ 6,74, e Minerva ON cedia 0,08%, a R$ 13,18. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,92%.
Sobre o mercado global de carne bovina, o banco disse que, embora sua tese de super ciclo pareça estar se concretizando, a perspectiva de alta sobre a carne bovina dos EUA “não funcionou”, ao explicar o forte corte nos preços-alvo dos papéis.
“A seca nos Estados Unidos desencadeou uma grande liquidação de bovinos, impulsionando a produção de carne bovina, pressionando os preços e prolongando o ciclo de baixa à frente. Para a JBS, os preços do frango também caíram extremamente rápido no segundo semestre”, acrescentaram.
Contudo, o Morgan Stanley disse que não há carne bovina em volumes suficientes no mundo.
No contexto da nova perspectiva de proteínas para 2023, os analistas afirmaram estar confortáveis com o “overweight” em JBS e Marfrig, avaliando que o fluxo de caixa livre (FCF) consistente deve ajudar a navegar no ponto mais baixo do ciclo.
Para a JBS, eles avaliam que a geração de FCF e a menor volatilidade dos lucros resultantes da diversificação, entre outros fatores, devem atrair investidores que estão dispostos a operar o setor, enquanto, no caso de Marfrig, o cenário parece difícil, mas está precificado.
Minerva, na visão da equipe do Morgan Stanley, tem a melhor narrativa do setor, com faturamento sólido e expansão de margem.
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