5 dicas para inovar em momentos de crise

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Marina Almeida, nova head de Open Innovation da The Bakery

Demissões em massa, redefinição de estratégia, cautela com investimentos e incertezas sobre a economia global, o cenário apresentado em 2023 é de muitos desafios. No entanto, nem por isso as oportunidades de inovação, sobretudo de conexão entre startups e hubs de inovação, deixaram de existir. Marina Almeida, nova head de Open Innovation da The Bakery, indica alguns caminhos para quem quer manter o foco em inovação em momentos de desafios.

1) Inovação é o bote salva-vidas para a crise (e para depois dela)
“Em momentos de crise, muitas empresas optam por segurar os investimentos e serem mais cautelosas, o que é natural. Porém, estudos já demonstraram que empresas que continuam investindo em inovação conseguem não só performar, em média, 10% melhor que seus concorrentes durante o período de instabilidade, como também saem na frente da concorrência após este período. Durante a crise financeira de 2009, por exemplo, aquelas que mantiveram seus investimentos superaram a média do mercado em mais de 30%, despontando como líderes e continuando a crescer nos anos seguintes. Isso acontece, em grande parte, porque as crises mudam os mercados e o comportamento do consumidor e, portanto, as empresas que continuam fortalecendo a inovação se mantêm atentas a estas mudanças, conseguindo agir mais rápido. A pandemia foi um grande exemplo. Vimos o surgimento de vários novos modelos de negócios, experiências e serviços; quem estava atento e preparado saiu na frente.”

2) Busque oportunidades de inovar que tragam retornos rápidos
“Priorizar desafios que conseguem trazer retornos mais rápidos – como ganhos de eficiência – ou aqueles que podem se tornar uma nova fonte de receita a curto ou médio prazo para a empresa tendem a ter menor resistência dos executivos para avançar, pois são oportunidades mais tangíveis e que conseguem trazer um retorno claro mais rapidamente.”

3) Seja claro sobre os impactos da inovação
“Muitos investimentos em inovação não são priorizados pela falta de entendimento de quais benefícios/retornos a inovação pode trazer. É indicado, portanto, que a empresa antes de começar um teste ou alocar recursos relevantes consiga dar clareza sobre o potencial de retorno. Importante ressaltar que quando se trata de inovação, além do retorno mais óbvio – o ROI, Return of Innovation -, é possível também apurar resultados em diversas outras dimensões de impacto, como modelos de trabalho melhores, fortalecimento de práticas ESG, ganhos com a imagem de marca, cultura organizacional, entre outros.”

4) Destrave os habilitadores: métodos, processos e cultura organizacional
“Priorize definir processos, metodologias e trabalhar a cultura organizacional. Estes três pilares são habilitadores para qualquer estratégia de inovação que a empresa queira fazer.
Sem cultura nenhuma estratégia de inovação se mantém consistente no tempo. Invista, sobretudo, em experiências e capacitações do estilo “faça você mesmo”, em que os colaboradores colocam a mão na massa e entendem que é possível resolver problemas de maneiras mais ágeis. Com uma nova mentalidade, as pessoas começarão a não só terem mais habilidades para trabalhar a inovação mas levar isso para o dia a dia de seus processos e áreas, enxergando os problemas de forma diferente e buscando possibilidades de melhoria, o que de forma geral fará com que a empresa tenha mais flexibilidade e resiliência para lidar com as adversidades.”

5) Amplie e potencialize seus recursos
“Inovação aberta é a forma mais rápida, barata e eficiente de inovar, pois conta também com recursos de fora da organização: diferentes visões, expertises, tecnologias e, especialmente, para momentos de crise, captação de recursos e incentivos. Se a sua empresa ainda não utiliza captação de recursos com agências de fomento, programas do governo ou até mesmo não faz parcerias com outras empresas e institutos de pesquisa, você deve começar isso agora. Existem diversos programas e instrumentos que oferecem recursos financeiros, benefícios fiscais e modelos de trabalho com talentos saindo da vida acadêmica que facilitam com que a empresa possa seguir investindo em inovação. Para se ter uma ideia, existem editais onde todo, ou quase todo, o capital necessário para testes com startups é financiado com este tipo de recurso, e a empresa precisa somente se comprometer com a execução dos testes. Ou seja, são mecanismos essenciais que todo gestor da inovação precisa entender e saber acessar.”

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