No dia 1º de janeiro de 2023, mais cinco mulheres passaram a ocupar cargos de CEOs nos das empresas Fortune 500 – grupo das 500 maiores empresas dos EUA –, totalizando 53 mulheres em tal posição nesse conjunto de companhias. Isso significa que, pela primeira vez na história, mais de 10% das empresas da Fortune 500 têm CEOs mulheres – porcentagem que ficou em 8% por muito tempo.
É justo se perguntar se vale celebrar esse aumento de 2% das mulheres CEOs, especialmente porque ainda está claro que ainda temos que nos esforçar para ter igualdade de representação nesses cargos – quase cinco vezes mais do que temos atualmente. Entretanto, essas vitórias, apesar de pequenas, importam. Os grandes avanços só são possíveis por causa dos inúmeros pequenos passos dados antes. Então, antes de voltarmos ao trabalho, temos que reconhecer onde chegamos por meio da celebração das histórias das mulheres que nos fizeram chegar à porcentagem de 10%.
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Confira quem são as cinco novas CEOs de algumas das maiores empresas dos EUA:
Os impactos da maior liderança feminina
É notável que cada uma dessas cinco CEOs tiveram carreiras históricas, muitas através de décadas, nas companhias que elas agora lideram. Isso mostra a importância de contratar mulheres em todos os níveis de senioridade e apoiar suas carreiras e crescimentos em cada estágio e ao longo de suas promoções. Além disso, cada uma delas foi nomeada CEO com a mensagem de progresso e o significado de que suas lideranças irão guiar suas respectivas organizações ao futuro – as palavras “futuro”, “amanhã”e inovação foram muito mencionadas –, o que faz sentido no atual cenário corporativo.
A presença feminina na liderança corporativa cria efeitos cascata nas suas organizações. Ela até mesmo melhora a maneira como as companhias pensam sobre mulheres – pesquisadores descobriram que ter mais mulheres em cargos de liderança desmancha os estereótipos que seguram o crescimento das mulheres. Ainda, mulheres são mais propensas do que homens a contratar mulheres, o que significa que uma representação mais igualitária no C-suíte pode acarretar em uma melhor representatividade em todos os níveis corporativos.
Estudos também mostram que quanto mais mulheres no topo das companhias, mais saudável será a cultura de trabalho – para homens e mulheres de forma semelhante –, maiores chances das conquistas femininas serem reconhecidas e mais provável das mulheres serem promovidas.
Então sim, 10,6% dos CEOs das companhias Fortune 500 serem mulheres pode não parecer um marco tão relevante, mas é um importante passo para a igualdade. Cada trincheira que avançamos e cada barreira que rompemos nos traz mais perto da paridade. Enquanto não quebramos o “teto de vidro”, graças aos obstáculos do meio corporativo, com certeza o levantamos.
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