As fortunas de algumas das pessoas mais ricas do mundo passaram por uma grande oscilação na última passada – em ambas as direções. A classificação do magnata indiano Gautam Adani, entre os mais ricos do mundo, continuou a cair e seu grupo anunciou na última quarta-feira (1) que estava cancelando uma oferta de ações de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,75 bilhões) que havia acabado de concluir para a Adani Enterprises. Sua fortuna, agora, é menos da metade do que era há duas semanas, após alegações de manipulação de ações e fraude contábil. O Adani Group nega as acusações.
O índice S&P 500 subiu modestos 1,6% esta semana e a Nasdaq subiu 3,3%. Mas os maiores ganhadores do período superaram esses índices. Mark Zuckerberg registrou seu melhor dia até agora, com as ações da Meta Platforms disparando 23% na última quinta-feira (2), após a divulgação do relatório de ganhos da empresa de mídia social, que superou as expectativas dos analistas.
Outro dado da movimentação semanal é que o desequilíbrio de gênero dos 10 mais ricos do mundo mudou – um pouco. A herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers, entrou no seleto grupo – que era formado apenas por homens no início desta semana.
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Veja o que aconteceu com outros bilionários que estão entre as mais ricas do mundo.
A variação do patrimônio líquido é referente ao fechamento dos mercados de sexta-feira, 27 de janeiro, a ontem (3).
#1. Gautam Adani
Patrimônio líquido: US$ 61,7 bilhões (R$ 314,81 bilhões) 🔴 Queda de US$ 34,9 bilhões (R$ 178 bilhões)
País: Índia | Fonte de riqueza: Adani Group
Adani, que era a terceira pessoa mais rica do mundo em 24 de janeiro, continuou a cair no ranking dos mais ricos na última passada. A queda é consequência das alegações feitas, na semana passada, pela Hindenburg Research de que o grupo de empresas de Adani estava envolvido em manipulação de ações e fraudes contábeis.
Na última quarta-feira (1), a Adani Enterprises anunciou o cancelamento uma oferta de ações de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,75 bilhões) que acabara de ser concluída. A fortuna de Adani despencou US$ 35 bilhões (R$ 178 bilhões) na última semana, após uma queda de US$ 31 bilhões (R$ 158 bilhões) na semana anterior. No total, seu patrimônio líquido caiu pela metade nas últimas duas semanas. Ele, agora, é o 17º mais rico do mundo, com patrimônio de US$ 61,7 bilhões (R$ 314,81 bilhões), de acordo com a Forbes, logo atrás de Mark Zuckerberg, da Meta.
Duas empresas que a Hindenburg Research acusou de auxiliar o Adani Group na suposta conspiração são a Elara Capital (India) Private Limited e a Monarch Network Capital, que a Forbes noticiou na última quarta-feira (1) serem os subscritores divulgados pela Adani Enterprises em sua oferta de ações de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,75 bilhões) no início desta semana.
Adani havia ultrapassado o também bilionário indiano Mukesh Ambani, em fevereiro passado, ao se tornar a pessoa mais rica da Ásia e a décima mais rica do mundo; em setembro, tornou-se o segundo mais rico, com uma fortuna de US$ 155 bilhões (R$ 790,87 bilhões).
#2. Mark Zuckerberg
Patrimônio líquido: US$ 66,8 bilhões (R$ 340,84 bilhões) 🟢Aumento de US$ 12,1 bilhões (R$ 61,73 bilhões)
País: Estados Unidos | Fonte de riqueza: Facebook
A Meta Platforms informou na última quarta-feira (1) que a empresa superou suas estimativas de lucro do quarto trimestre, o que levou o preço das ações a disparar 23% na quinta-feira (2). Essa foi uma boa notícia para o fundador Mark Zuckerberg, cujo patrimônio líquido aumentou mais de US$ 12 bilhões (R$ 61 bilhões), no que se tornou seu melhor dia de ganhos desde que abriu o capital do Facebook, em maio de 2012. Ao longo de 2022, Zuckerberg havia perdido US$ 78 bilhões (R$ 397,98 bilhões) de sua fortuna, período em que a receita de publicidade da Meta diminuiu e as ações caíram. Agora, Zuckerberg é a 16ª pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio de US$ 66,8 bilhões (R$ 340,84 bilhões), de acordo com o rastreador de bilionários em tempo real da Forbes.
Zuckerberg, que tem impulsionado o desenvolvimento do metaverso, pareceu mudar de rumo durante a teleconferência de resultados da Meta na quarta-feira (1), declarando 2023 o “ano da eficiência” e discutindo a tecnologia de IA generativa que atraiu outros grandes nomes, como Microsoft e Alphabet.
#3. Elon Musk
Patrimônio líquido: US$ 184,2 bilhões (R$ 939,86 bilhões) 🟢Aumento de US$ 2,9 bilhões (R$ 14,8 bilhões)
País: Estados Unidos | Fonte de riqueza: Tesla
Após registrar lucro melhor do que era esperado para o quarto trimestre, relatado pela Tesla em 25 de janeiro, as ações da companhia atravessaram outra boa semana, subindo quase 7% e elevando a fortuna de Musk em US$ 2,9 bilhões (R$ 14,8 bilhões). Ontem (3), o IRS, serviço de receita do governo dos EUA, atualizou suas diretrizes para definir um crossover ou SUV, qualificando o Tesla Model Y para créditos fiscais adicionais para veículos limpos. Musk é a segunda pessoa mais rica do mundo, depois de Bernard Arnault, da LVMH.
#4. Françoise Bettencourt Meyerset
Patrimônio líquido: US$ 84 bilhões (R$ 428,6 bilhões) 🟢Aumento de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões)
País: França | Fonte de riqueza: L’Oréal
No início desta semana, as dez pessoas mais ricas do mundo eram todos homens. Isso mudou ontem (3), quando Françoise Bettencourt Meyers passou para a 10ª posição, acima do registrado no final da semana passada, quando ela ocupava a 12ª posição. Meyers e seus filhos são proprietários de um terço da gigante de cosméticos L’Oreal S.A., cujas ações subiram quase 2% ontem (3). Isso foi o suficiente para colocar a família acima do ex-CEO da Microsoft, Steve Ballmer (na 11ª posição), e do indiano Mukesh Ambani (na 12ª posição).
#5. Brian Armstrong
Patrimônio líquido: US$ 3,1 bilhões (R$ 15,8 bilhões) 🟢Aumento de US$ 540 milhões (R$ 2,7 bilhões)
País: Estados Unidos | Fonte de riqueza: Criptomoedas
O CEO da exchange de criptomoedas Coinbase Global viu sua riqueza aumentar 20% esta semana, principalmente depois que um juiz federal em Nova York rejeitou, na última quarta-feira (1), uma ação coletiva contra a Coinbase. O processo constava que dezenas de tokens oferecidos pela Coinbase eram títulos não registrados e não foram vendidos adequadamente aos clientes. Isso indicou aos investidores que há “baixo risco a médio prazo” para as criptomoedas, que ainda não estão sujeitas à regulamentação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), disse Owen Lau, analista sênior da Oppenheimer & Co. As ações da Coinbase encerraram a semana em alta de quase 22%, enquanto a fortuna de Armstrong subiu US$ 540 milhões (R$ 2,7 bilhões), para US$ 3,1 bilhões (R$ 15,81 bilhões).
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