Ibovespa abre em queda à espera dos indicadores do mercado de trabalho dos EUA

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O Ibovespa opera em queda de 0,17% na abertura do pregão de hoje (3), a 119.950 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. Os investidores estão à espera dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta manhã, para entender como está o andamento da economia por lá. Com os novos ajustes das taxas de juros, a expectativa é de que o mercado de trabalho comece a desacelerar, o que ainda não aconteceu.

O dólar subia acentuadamente frente ao real logo após a abertura, com investidores reagindo negativamente a críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central. A sobe 0,40% ante o real por volta das 10h10, negociada a R$ 5,0647.

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A produção industrial brasileira registrou estagnação em dezembro e encerrou 2022 com queda acumulada no ano, indicando que deve seguir patinando em 2023 diante dos juros elevados, das incertezas econômicas e do crescimento global fraco.

O resultado de dezembro ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e deixou o setor 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia da Covid-19 (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde da série, de maio de 2011.

Os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram ainda que, em relação ao mesmo mês do ano anterior, o setor apresentou recuo de 1,3% na produção, contra expectativa de retração de 1,1%.

Assim, o setor, que vem apresentando mais dificuldade de recuperação, fechou o ano com perdas acumuladas de 0,7%, depois de avançar 3,9% em 2021 e de contrair 1,1% em 2019 e 4,5% em 2020.

O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que a indústria tem comportamento predominantemente negativo nos últimos anos, lembrando que o crescimento de 2021 tem relação direta com a queda significativa de 2020 por conta do início da pandemia.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, o Payroll, relatório mensal dos empregos gerados no país, deve movimentar os ânimos dos investidores, que ainda estão se ajustando ao novo aumento da taxa de juros realizado pelo Federal Reserve na última quarta-feira (1º).

A expectativa dos analistas é de que a abertura de vagas de trabalho no país provavelmente permaneceu forte em janeiro em meio a um mercado de trabalho resiliente, mas uma desaceleração adicional prevista nos ganhos salariais deve dar ao Federal Reserve algum conforto em sua batalha contra a inflação.

Na Ásia, as ações da China terminaram o dia em baixa, com os fundos estrangeiros interrompendo sua onda de compras após quase um mês de entradas líquidas, enquanto os investidores avaliavam a recuperação econômica da China.

O mercado chinês vinha de uma série de entradas de dinheiro estrangeiro desde 4 de janeiro, com vendas de 4,2 bilhões de iuanes (US$ 622,74 milhões) de ações chinesas através do Esquema Stock Connect.

Por outro lado, a atividade de serviços do país expandiu em janeiro pela primeira vez em cinco meses, uma vez que as despesas e viagens ganharam um impulso com o fim das rígidas restrições contra a Covid-19, levando a confiança empresarial para perto dos níveis mais altos em 12 anos, mostrou uma pesquisa do setor privado.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) para o setor de serviços do Caixin/S&P subiu de 48,0 em dezembro para 52,9 em janeiro, acima da marca de 50 pontos que indica expansão na atividade, marcando o fim de quatro meses de contração.

O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,36%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 1,52%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 0,68%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,39%.

Na Europa, a atividade empresarial na zona do euro voltou a crescer em janeiro, de acordo com uma pesquisa que sugeriu que a economia do bloco pode novamente escapar de uma contração neste trimestre e que a retomada pode acelerar.

No último trimestre de 2022, a zona do euro conseguiu evitar uma recessão, já que o Produto Interno Bruto expandiu 0,1%, mostraram dados da Eurostat na terça-feira (31), superando as expectativas em uma pesquisa da Reuters de uma queda de 0,1%.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da S&P Global, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para um pico de sete meses de 50,3 no mês passado, de 49,3 em dezembro, pouco abaixo da leitura preliminar de 50,2. Janeiro foi o primeiro mês em que o índice ficou acima da marca de 50 desde junho.

O Stoxx 600 perdia 0,05%; na Alemanha, o DAX recuava 0,53%; o CAC 40 em queda de 0,11% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,95%; enquanto o FTSE 100 tem valorização de 0,33% no Reino Unido.

(Com Reuters)

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